Desperdício
Written by urbe, Posted in Resenhas
Projeto paralelo do Falcão (Rappa), a banda Loucomotivos foi formada especialmente para tocar num bloco do carnaval baiano. Sobreviveu à festa e chegou aos palcos do Rio. O trocadilho infame do nome alertava, mas nada preparava para o que viria a seguir.
Com uma excelente banda na mão formada por Liminha (guitarra), João Fera(teclados, Paralmas), DJ Negralha e o baixistaLauro (Rappa), Pedrão (trompete, Seletores de Frequência e Quinto Andar), um lugar bacana (Circo Voador), com boa qualidade de som e principalmente, público, Falcão desperdiçou a chance de fazer um showzão.
Ao contrário de outros projetos similares, como a Orquestra Imperial e o Reggae B, também formados por nomes conhecidos e que fogem das obviedades, aproveitando a credibilidade para apresentar músicas pouco conhecidas do grande público, o Loucomotivos atacou de versões bobas de sucessos radiofônicos da geração 80 (isso não vai acabar nunca?). Sente o drama da 11 primeiras do repertório:
“Nós vamos invadir sua praia” (Ultraje a rigor); “Cinco minutos” (Jorge Ben), salvando o repertório; “Por enquanto” (Legião Urbana); uma medley de “Easy” (Commodores) / “Liberdade pra dentro da cabeça” (Natiruts) / “Você” (Tim Maia) / “Go back” (Titãs) / “Stir it up” (Bob Marley); “Pais e filhos” (Legião), com direito a uma espinafrada no baterista Marcelo Bonfá, por não ter autorizado uma versão do Rappa para música — graças a Deus; “Ska” (Paralamas) e “Nos barracos da cidade” (Gilberto Gil).
A participação de BNegão deveria ter emprestado alguma dignidade à apresentação, porém o repertório, novamente, não ajudou. “Olhos coloridos” (Sandra de Sá) e “Sossego” (Tim Maia), seguida de “Oye como vá” (música de Tito Puente creditada à Santana, num dos poucos momentos em que algum autor das músicas foi citado no show), serviram de trilha pra ir embora.
Individualmente, as músicas (com algumas poucas excessões) não são ruins, lógico que não. Acontece que são tão exaustivamente tocadas, inclusive nas rádios, até hoje, que já não causam o mesmo impacto. Um evento como esse poderia servir para introduzir outras músicas no circuito.
A temporada prossegue nas quartas de janeiro e na primeira de fevereiro. Passe longe, bem longe.
Acho que para o carnaval de Salvador o repertório está adequado…
Realmente uma pena. Uma banda excelente tocando o óbvio.
“…serviram de trilha pra ir embora”
Hehehehe
como ja dizia a velha guarda: deus nao da asa a cobra!
Fanfarronice pras noites de verão! Hahahhahahahaahaha
E eu q pensei q pudesse ser interessante, fiquei curioso pra ouvir qdo soube do projeto, mas ainda bem q vc foi e me poupou o trabalho.
Enfim, uma pena
ele chegou a arriscar, veja vc, dizendo que ia tocar uma música de uma banda da Bahia que ele gostava e queria apresentar pra galera como coisa nova e tal. Aí foi e mandou todo pimposo a ÚNICA música do Morrão Fumegante que toca no rádio e que um monte de gente conhecia, n sei o nome dela, mas sabia cantar toda de ouvir em rádio novela essas coisas. Mas ae, com aquele bandão e a metaleira, as versões skazeiras do Ultraje e Paralamas (acho que teve outra depois) foram o melhor e fizeram a noite valer.
ele chegou a arriscar, veja vc, dizendo que ia tocar uma música de uma banda da Bahia que ele gostava e queria apresentar pra galera como coisa nova e tal. Aí foi e mandou todo pimposo a ÚNICA música do Morrão Fumegante que toca no rádio e que um monte de gente conhecia, n sei o nome dela, mas sabia cantar toda de ouvir em rádio novela essas coisas. Mas ae, com aquele bandão e a metaleira, as versões skazeiras do Ultraje e Paralamas (acho que teve outra depois) foram o melhor e fizeram a noite valer.
bwhahahahahahha
/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.
falaurbe [@] gmail.com
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