DEP: José Roberto Bertrami (Azymuth)
Written by urbe, Posted in Destaque, Música
José Roberto Bertrami, 1946-2012.
Notícia triste, dada através do Facebook pelo Tamenpi, replicando a mensagem publicada na página do Azymuth:
“Luto. É com muita tristeza em nossos corações que anunciamos o falecimento do nosso irmão de som José Roberto Bertrami (21/02/1946 – 08/07/2012), após um período de luta. Alex Malheiros & Ivan Conti Mamão.”
Essa doeu. O Azymuth foi uma das bandas que mais me abriram a cabeça, parte daquela combinação mágica “som certo na época certa”. Lá pelos 20 anos, afundado em “novos” sons (de Deodato a Jorge Ben), o trio tornou-se um dos favoritos entre meus amigos.
Perdi a conta de quantas vezes assisti o Azymuth ao vivo, quase sempre em lugares aquém da importância da banda. Bertrami e Mamão (Alex é mais tímido) sempre empolgados com a presença da molecada, ficavam um bom tempo trocando ideia e contando histórias. Bons tempos.
Não é nenhum exagero dizer que o Azymuth – com o sintetizador de Bertrami à frente – formatou grande parte da sonoridade brasileira nos anos 70. Como músicos de estúdio participaram de discos de Marcos Valle, Raul Seixas, Hyldon, Odair José, Rita Lee, Elis Regina e muitos outros. O samba jazz funkeado levou o trio para os EUA de onde partiram para uma carreira internacional respeitável.
Obrigado pelas músicas (e pelas viagens), Bertrami!
Comecemos a Semana Bertrami com “Faça de Conta”:
Fiquei muito triste quando recebi a notícia do falecimento do grande músico José Roberto Bertrami, que juntamente com Alex Malheiros e Ivan Conti, levou a nossa música além fronteiras. Só espero que Alex e Malheiros não esmoreçam e prossigam com o Azimuth, um dos grandes grupos instrumentais de nossa época.
Que Deus o guie nessa nova jornada rumo ao infinito, além do horizonte.
Cabe um comentário:
Azimuth um trio de baixo, batera, sintetizador e Rhodes, numa época que tinham vários trios fazendo som ELP, TRIUMVIRAT, UK
Cada um com sua essência sonora.
ELP fundia rock+sintetizadores+ música erudita+elemento acústico= um trio criativo de exímios instrumentistas.
TRIUMVIRAT, UK criavam na mesma cartilha…e acontecia o som.
AZIMUTH abraçou o fusion brasileiro…Misturou Mini-Moog com cuíca, baladas, swingueira, a pegada do Alex Malheiros fez escola, a precisão sambística e partindo sempre pro alto do Ivan Conti sempre é muito admirada.
A única diferença o swing do José Roberto Betrami pilotando Fender Rhodes(esses grupos não empregavam esse instrumento) e a timbragem dos sintetizadores completamente carioca e universal.
AZIMUTH DO VÔO SOBRE HORIZONTE, DA ÁGUIA QUE COME MOSCA E O PARTIDO ALTO SEMPRE…
Mauro Wermelinger 09/07/12
O descanso dá ÁGUIA QUE NÃO COME MOSCA vai ser no cemitério SÃO JOÃO BATISTA 13:00 H(acabei de falar com Mamão)
O domingo passado descobrí a beleza da musica de Azymuth “Linha do Horizonte”..fiquei ouvindo uma e outra vez pelo youtube ….ouvindo a beleza dos teclados de Bertrami e repensando um monte de coisas com a letra ….tal vez foi uma conexao espiritual… DEP Bertrami….
http://www.youtube.com/watch?v=XKmtetL6Oig&feature=related
Linha Do Horizonte
Azimuth
É… Eu vou pro ar No azul mais lindo Eu vou morar. Eu quero um lugar Que não tenha dono Qualquer lugar. Eu… Quero encontrar A rosa dos ventos E me guiar. Eu quero virar Pássaro de prata E só voar. É… Aqui onde estou Esta é minha estrada Por onde eu vou. E quando eu cansar Na linha do horizonte Eu vou pousar.
Senti muito sua partida precoce. Conheci Bai na infância e adolescência, tocando demais! éramos colegas de Ginásio, as vezes fugíamos da aula para ele tocar e eu cantar. Nao me tornei cantora.
Mas segui sua estrada admirando e amando essa pessoa linda.
Meus pêsames a família e , ao meu querido amigo em comum com Bai, o Carioca. Sei que deve ter sentido muito a partida desse grande amigo.
Jamais esquecerei meu amigo de adolescência!
Sonia