segunda-feira

24

agosto 2009

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Cinema no shopping

Written by , Posted in Urbanidades


foto: Alexandre Ermel/divulgação

Com o preço do ingresso do jeito que está (principalmente pra quem não tem carteirinha falsificada), fica cada vez mais raro uma ida ao cinema. Por isso, perambulando pela lojinha antes da sessão começar, lamentei em voz alta que não queria ter gasto tanto dinheiro para ver “Se Beber, Não Case”.

Nada contra esse tipo de filme, gosto de vários deles — tanto é que estava disposto a assistir mais esse. Só que não se pode dizer que vá ganhar muito na tela grande. Dá pra ver em DVD tranquilamente.

Ao perceber minha frustração, o vendedor sugeriu assistir “À Deriva”, também em cartaz. Felizmente foi possível trocar os ingressos. E valeu muito a pena.

Com uma fotografia linda, o filme do Heitor Dhalia sucede na complicada missão de contar uma história delicada, porém cuja trama pode ser resumida num parágrafo.

A dificuldade é dribalada com ótimas atuações, incluindo da estreiante Laura Neiva, descoberta via Orkut, no papel de uma menina observando o casamento dos pais ruir enquanto enfrenta as angústias da adolescência.

A sala estava lotada, servindo de amostra para o encontro de um filme sem grande apelo comercial com o público do shopping, fundamental para o sucesso nas bilheterias. Se essa fatia do mercado não abraçar o filme, pode esquecer

A certa altura [o que vem a seguir não revela nenhum detalhe crucial], o pai a filha e algumas amigas da história estão passeando de lancha quando o motor quebra e eles ficam à espera de socorro. A cena toda dura, talvez, dois minutos.

Uma senhora comenta, em voz alta: “ah, por isso que o filme se chama à deriva”.

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  1. rafael salim
  2. lettuce

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