quarta-feira

17

março 2010

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Chegando atrasado 10: Atlas Sound, "Logos"

Written by , Posted in Chegando Atrasado, Música

O segundo disco do Atlas Sound, “Logos” figurou em 13o na lista de melhores discos de 2009 na lista do HypeMachine (que é feita baseada no tráfego do saite) e estava na fila de audição há tempos e só agora roda por aqui, após lembrar dele numa resenha do Calbuque no Rio Fanzine dia desses.

Projeto solo de Bradford James Cox, do Deerhunter, o Atlas Sound é bem mais introspectivo, viajante e interessante que sua banda principal. Música pra ouvir olhando pro nada — ou pra essas chuvas que insistem em cair, sem significar que seja um disco depressivo.

Livre para tomar as decisões sozinho, Bradford grava sem escrever as letras, improvisando o conteúdo, toca e programa todos os intrumentos, ao vivo ou no computador. O resultado é um som que prima pelas ambiências, impulsionando um sentimento, um clima, mais do que canções em seu formato tradicional.

A estranha mistura faz uma ponte entre sonoridades dos anos 90 (do indie da Mazzy Star a timbres de violão do Stone Temple Pilots) e blips eletrônicos minimalistas dos anos 00. Os exemplos bizarros e pouco ilustrativos são bons para imaginar esse vão que provavelmente existe apenas na cabeça do autor.

Com participações de Noah Lennox (Animal Collective) e Lætitia Sadier (Stereolab), Bradford já disse que, diferente do primeiro disco, esse é menos autobiográfico. Pode até ser. Mas é autoral até o talo.

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  1. Felipe Continentino

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