segunda-feira

11

outubro 2010

12

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Apanhado do PercPan 2010 RJ

Written by , Posted in Música, Resenhas


Buraka Som Sistema

Baseado na única apresentação que havia assistido deles, com um DJ e dois MCs, se alguém me dissesse que o Buraka Som Sistema seria o destaque desse PercPan, ainda mais dividindo a noite com o Hypnotic Brass Ensemble, não apostaria dois tostões.

Só que eles chegaram maiores, com uma formação que inclui uma bateria, percussão e programações. O volume que isso gera visualmente no palco se reflete no som. A apresentação cresce muito. Mesmo já estando tarde e com o público não se empolgando muito, ninguém foi embora. Impacto teve.

Durante todo o show fiquei pensando como é que pode não haver UMA banda de funk (baile funk) nesse formato. O surrado DJ-MC segue sendo a regra, desperdiçando um potencial gigante. Tem a do Catra, mas isso é uma outra história.

Estou falando de um formato feito pra bombar uma pista de dança, um palco ou um clube, independente do público ser iniciado ou não nas batidas. Uma apresentação com um apelo mais pop, sem sentido pejorativo no termo.

Mesmo considerando qualquer limitação financeira, passou da hora do funk dar um passo a frente tanto em sentido de referências (e nesse sentido o Sany puxa o bonde) quanto de formato. Fico pensando no estrago que faria uma banda com bateria, programação, um MC violento e um repertório, de clássicos e/ou inéditas. João Brasil, aproveita que está em Londres e vai que é tua, lenda!


Hypnotic Brass Ensemble

Tocando antes do Buraka, o Hypnotic Brass Ensemble lutou contra a dificuldade de fazer a platéia de fato pular e se empolgar (culpa, talvez, do excesso de convidados). Pediram, falaram, insistiram numa participação do público que nunca veio.

Depois do show, muita gente reclamava do excesso de blá blá blá e da postura “yo, rap” do grupo. Não sei exatamente o que esperavam de um grupo de músicos de rua com forte influência exatamente do hip hop. Um concerto, com todos sentados, certamente fugiria muito da proposta. Pode ter faltado entendimento, ou aceitação, do que a banda tem pra apresentar, porque o show foi bonzaço.


Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou

Duas noites antes, no Teatro Casa Grande, os ritmos africanos da Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou sofreram com o som precário, sem graves e repleto de agudos de furar os tímpanos, além da ausência de um dos guitarristas, que não veio ao Brasil por medo de avião. Ainda assim foi um bom show.

As Tucanas tocaram antes, nuna tentativa bem ingênua de apresentar sons percussivos africanos, soando como uma banda de final de ano de algum colégio alternativo. Fechando a noite, o peruano Novalima também não agradou, com um som e formação meio farofada, esvaziando o lugar antes do final.

Tucanas

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  1. Bruno Natal
  2. Bruno Natal
  3. Bruno Natal
  4. Bruno Natal
  5. Pedro

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