A fraude dos likes no Facebook
Written by Bruno Natal, Posted in Destaque, Digital
A caixa preta dos anúncios do Facebook desvendada. A teoria apresentado no vídeo do Veritasium é:
Existem duas maneiras de aumentar o número de “curtir” numa página do Facebook: comprar curtidas em fazendas digitais de curtir, geralmente em países do terceiro mundo (“curtir” falsos a partir de perfis criados apenas para isso); ou pagar por anúncios no Facebook.
O problema é que o próprio algorítmo anti-fraude do Facebook gera tanto curtidas falsas (vindas das tais fazendas digitais, que curtem também página que não pagaram para enganar o sistema) quando derruba o nível de engajamento por posts, fazendo com que o dono da página tenha que… pagar de nov para promover o post e conseguir ser visto.
Bruno,
Nao e’ bem por ai, nao… Da’ uma pesquisada, conversa com um especialista, que vale a pena…
Abs.
Dá a letra, Dwarf.
Ok, mas nao sou especialista :-), (nem trabalho para o FB) mas va la:
A pessima (ou negligente, ou nenhuma) segmentacao da audiencia de uma campanha no FB resulta em pessima qualidade da audiencia atingida (e quase nenhuma ou nenhuma audiencia relevante, e essa pessima audiencia pode ainda abarcar perfis fakes/clickfarms, pessoas que ganham por clicks, etc. Sim, porque o sistema nao e perfeito, ou bidu, e estes perfis podem ser criados e funcionam normalmente ate serem detectados). Por ex., se voce paga por clicks/likes otimizados buscando uma acao como “likes”, mas nao especifica nada relamente relevante em relacao ao seu publico, local, preferencias, apenas o resultado das acoes desejadas, os algoritmos vao buscar as pessoas mais aptas a clicar/clicar, apenas, em toda e qualquer coisa: nesse caso, as pessoas/farms que utilizam perfis fakes para ganhar $1/1000 likes e que curtem trocentas coisas /dia. Voce vao ganhar likes, mas nao engajamento futuro.
O artigo/pesquisa e’ falho e um tanto raso no metodo/ou inexistenca dos mesmos, e parece tentar insinuar que o FB se vale intencionalmente dos perfis falsos. Nao concordo. O conteudo de qualidade e as campanhas bem geridas e bem sucedidas sao beneficiadas pelos algoritmos do FB (ex Edgerank) com propragacao exponencilamente maior e mais barata. Tipo, quanto mais barato fica, mais barato fica, ou como ouvi um dia desses, de alguem do ramo da musica: Faz sentido, pois e eu tenho uma radio, par tocar uma musica fenomenal, toco ate de graca, mas para tocar uma bomba, o jaba teria que ser milinario, ou as vezes, nao tem nem acordo (no cado do FB, o porno, etc). E’ mais por ai.
Corrigindo, desculpe:
Ok, mas nao sou especialista 🙂 (nem trabalho para o FB), mas va la:
A pessima (ou negligente, ou nenhuma) segmentacao da audiencia de uma campanha no FB resulta em pessima qualidade da audiencia atingida (e quase nenhuma ou nenhuma audiencia relevante, e essa pessima audiencia pode ainda abarcar perfis fakes/clickfarms, pessoas que ganham por clicks, etc. Sim, porque o sistema nao e’ perfeito, ou bidu, e estes perfis podem ser criados e funcionam normalmente ate serem detectados). Por ex., se voce paga por clicks/likes otimizados buscando uma acao como “likes”, mas nao especifica nada realmente relevante em relacao ao seu publico, local, preferencias, apenas o resultado das acoes desejadas, os algoritmos vao buscar as pessoas mais aptas a clicar, apenas, em toda e qualquer coisa: nesse caso, as pessoas/farms que utilizam perfis fakes para ganhar $1/1000 likes e que curtem trocentas coisas /dia. Voce vai ganhar likes, mas nao engajamento futuro.
O artigo/pesquisa e’ falho e um tanto raso nos metodos/ou inexistencia dos mesmos, e parece tentar insinuar que o FB se vale intencionalmente dos perfis falsos. Nao concordo. O conteudo de qualidade e as campanhas bem geridas e bem sucedidas sao beneficiadas pelos algoritmos do FB (ex. Edgerank) com propagacao exponencialmente maior e mais barata. Tipo, quanto mais barato fica, mais barato fica, ou como ouvi um dia desses, de alguem do ramo da musica: “Faz sentido, pois se eu tenho uma radio, para tocar uma musica fenomenal, toco ate de graca, mas para tocar uma bomba, o jaba teria que ser milionario, ou as vezes, nao tem nem acordo” (no caso do FB, o porno, etc). E’ mais por ai.
Mas no vídeo ele explica exatamente isso, que fez a geolocalização dos anúncios, inclusive no teste do gato. Vc assistiu?
Minha experiência é que quanto mais likes vc tem, mais caro fica pra falar com as pessoas.
Bruno,
Ele pode ate parecer falar a mesma coisa em alguns momentos ao usar informacoes parecidas, mas diz o contrario, pois parece querer dizer, ao selecionar o que e como diz, que o sistema de ads/likes e’ uma fraude. Voce leu o que eu escrevi?
O primeiro exemplo incluia no seu publico alvo os paises conhecidos por abrigarem uma infinidade de clickfarms e o segundo anunciou uma pagina sem conteudo ou merito algum, como ele mesmo disse, e cita apenas que nao os incluiu os tais paises e mais nenhum dado em sua incrivel tecnica de segmentacao de publico. Ou seja, primeiro, realmente, que usuarios normais, reais, curtiriam tal pagina? (Quase) Ninguem. Quem sobra? Sacou? Segundo, geolocalizacao nao e’ tudo, e’ UM dos dados, ha muito, mas muito mais a ser feito para um alcance eficiente. Terceiro, ele esta partindo de um ponto de vista etnocentrista e desinformado de que nos EUA, UK, ou Ca, nao ha’ clickfarms, o que sua propria “pesquisa” confirma existir, mesmo tosca (falha? ma-intencionada? metodo de Princeton anunciando o fim do FB?). E’ mais do que uma questao de meio copo cheio ou vazio, ate na pesquisa dele os dados negam o que ele diz provar (Mais, casos como o do Bagel ou do Gato nao parecem ser amostras razoavoes pois nao contam com uma audiencia real, parecem mais um indicio de formacao/conducao do objeto pesquisado de forma gerar os resultados desejados).
Na minha experiencia, uma das paginas que administro tem cecar de 77.000 fas (nao estou arvorando-me em nada demais ou gabando-me por numeros; isso e’ alguma coisa, mas relativamente pouco, tenho amigos e colegas com paginas com milhoes de fas), cujos ultimos 75.000 sao posteriores ao inicio do uso dos ads (grande parte vem deles, e outra de indicacoes, amigos dos amigos, promocoes, etc), e vi agora que a mesma tem 8 fas das Filipinas, 14 do Egito, 23 da India (uns 100 de EUA, UK e quetais, o que, dado o “assunto” da pagina, parece legitimo e proporcional). Juntando, nao da nem 1/2 milesimo da audiencia total… Percebe? Nao fazemos nada de mais, nao sou nenhum genio da midia ou da segmentacao, apenas temos um conteudo relevante (para estes fas), e somos responsaveis com o dinheiro gasto na publicidade, seguindo parametros que buscam o publico desejado. O conteudo define a audiencia da pagina, e a boa segmentacao define a audiencia dos ads. Se voce vai fazer uma festa para 1000 no Copa, voce chama a Alicinha (por ex.) pra organizar a lista e o RSVP, ou joga os mil convites de ultraleve? Se voce for anunciar a festa Urbe na TV, vai anunciar no programa de leiloes da CNT e no pastor RR Soares na Band, vai pedir pra agencia dividir os R$ X.000,00 que voce tem igualmente em centenas/milhares de cotas de R$ 5,00 e colocar 1/2 de segundo de propaganda em todos os programas de todas as emissoras (impossivel, mas da pra entender) ou anunciaria em alguns programas como o do Arnaldo na ex MTV, por exemplo? E’ por ai.
Sobre ficar mais, caro depois de um certo tempo, e’ muito relativo. O modo automatico de anuncio sugere um valor, mas nao e’ obrigatorio. voce pode anunciar a partir de U$ 1. Outro ponto que tenho observado, e’ que as campanhas “cansam” e decaem em resultado, ou os parametros interno de avaliacao mudam e ajustem tem que ser feitos constantemente. Outra: digamos que exista um universo de 100.000 pessoas no FB que seriam, efetivamente, seu publico alvo perfeito, adorariam saber que sua pagina existe e consequentemente curti-la. Voce desenha uma otima campanha e conta agora ja com 70, 80.000 likes. A cada dia o quociente de pessoas “interessantes”, fas “ideais” que seu anuncio por novos likes podem atingir se torna menor, portanto o (bom) clique se torna relativamente mais escasso, e, entao, mais caro. Nao adianta forcar e tentar formar um publico muito maior que este (200.000, 300.000), pois este adicional sera “desengajado”.
O engajamento aos posts segue o mesmo raciocinio. Se voce tem 10.000 fas e cerca de 500 (5%) comumente respondem de alguma forma ao seu conteudo, o FB te avaliara’ de uma certa forma e te indicara’ gratuitamente a pessoas com interesses parecidos aos destes fas. Se no mes seguinte voce arregimentar 90.000 likes totalmente desconexos, apenas por ter gasto uma fortuna, legal ou ilegalmente, o FB, na verdade vai rebaixar esta sua avaliacao, por voce tem agora 100.000 fas e 1/2% de engajamento. O lance e’ nao buscar apenas numeros, mas engajamento, pois publico de qualidade traz mais publico de qualidade, e, melhor, gratuitamente.
A parte final da sua colocação pra mim é a mais importante: engajamento. O que vejo acontecer nas páginas que administro e nas quais contratei anúncio é que o engajamento caiu, pulverizado de uma maneira que a explicação do vídeo parece explicar. Isso que me impresisona.
A parte final da sua colocação pra mim é a mais importante: engajamento. O que vejo acontecer nas páginas que administro e nas quais contratei anúncio é que o engajamento caiu, pulverizado de uma maneira que a explicação do vídeo parece explicar. Isso que me impressiona.
Enato, Bruno, talvez tenha acontecido isso, parece que voce “comprou” publico, mas nao o “seu” publico, e, a partir dai, a taxa proporcional de engajamento caiu. Nao necessariamente a explicacao do video se aplica. Foi o que disse sobre segmentacao do publico dos ads. Publico nao segmentado, nao correlato a sua pagina, mas atraido pelo anuncio e depois indiferente ao conteudo da pagina nao significa que sejam perfis fakes, compreende? Voce acredita entao que atraiu uma horda de clicks/perfis falsos que despencou o engajamento das suas paginas? Ou uma penca de desavidados e publico nada a ver e, portanto, nem tchum pro conteudo subsequente? Abs. Ja deu uma olhada nos insights pra ver o pais, cidade, idade, etc ou fez uma mostragem dessa galera par tentar entender se sao realmente fakes? Acho dificil essa quantidade tao grande. Abs.
Mas eu fiz isso de maneira bem cuidada, não acho que foi esse o erro não.
Mas eu fiz isso de maneira bem cuidadosa, não acho que foi esse o erro não.
/URBe
por Bruno Natal
Cultura digital, música, urbanidades, documentários e jornalismo.
Não foi exatamente assim que começou, lá em 2003, e ainda deve mudar muito. A graça é essa.
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