terça-feira

29

novembro 2011

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5 perguntas (URBe 8 anos) – Strausz

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Um papo com Diogo, o menino multi-tarefas responsável pelo Strausz, atração da festa de 8 anos do URBe, nessa quinta, no Studio RJ.

Você faz parte da nova leva de músicos, produtores de festas e agitadores do Rio. Qual o diferencial dessa geração para a anterior?

Diogo Strausz – Acho que a nossa geração cultua mais o marketing e o empreendedorismo. Vejo muitos amigos e conhecidos prosperando em seus empreendimentos e vejo isso como ponto positivo para nós. Também sinto que somos bastante unidos e isso gera uma concorrência extremamente saudável. Infelizmente, a princípio, minha geração também parece cultuar mais o comportamento do que a cultura e essa vontade de agradar talvez afrouxe um pouco os filtros.

Agora você aparece com mais um projeto, o Strausz. Fale um pouco dos seus outros trabalhos, como DJ, produtor, no R. Sigma… Tem mais coisa?

Diogo Strausz – O R.Sigma é a minha escola e a matriz de tudo isso. Começamos a produzir festas porque o R.Sigma precisava de dinheiro, aprendemos a vender as nossas ideias porque ninguém comprava a ideia do R.Sigma no começo. Eu acho que se dedicar a uma banda pode ser uma boa escola de empreendedorismo, já estamos há 7 anos juntos, com a mesma formação e sempre aprendendo um bocado. Também produzo a Chocolat Party há 3 anos e meio, era tudo o que eu e meus amigos queríamos de uma festa aos 18 anos e fico feliz por ainda ser o que as pessoas de 18 querem da noite delas. E vou começar a SSS em dezembro em parceria com a EPA! e o Urbanik, significa Super-Sentai c/ Sintetizador, é uma festa que mistura a estética de desenhos/filmes japoneses mais retro-futurísticos através de vídeo mapping com a proposta sonora do House, Disco, Glitchy Disco, Nu Techno etc.

Qual as vantagens e dificuldades de ter tantos projetos paralelos?

Diogo Strausz – A dificuldade certamente está na gerência de tudo, aprender a me organizar está sendo doloroso. Parece que não existe um caminho “traçado” como na vida acadêmica/institucional/corporativa etc. Se eu não trabalhar, certamente nada acontecerá. A vantagem é que todas essas frentes dão na mesma matriz, que sou eu. E todas elas tecem uma teia e uma sempre agrega a outra. As vezes um contato que fiz através do R.Sigma ouve o Strausz e me chama para discotecar em outra cidade, ou um DJ que tocou na Chocolat ou em outras festas recomenda o R.Sigma para tocar em algum lugar, coisas assim. A vantagem é ter o que oferecer aos outros, não ser um “taker”.

Qual a diferença do Strausz ao vivo e sozinho, como DJ?

Diogo Strausz – Como DJ eu misturo produções dos outros com as minhas e faço um set de música eletrônica, misturo Nu Techno, Glitchy Disco e produções que eu julgo criativas e me ajudem a levar o público para fora do ponto comum e da zona de conforto. O live é um set 100% autoral, todos os detalhes compostos por mim, cada transição, cada tema, cada pingo no i. É como compor uma faixa de 40 minutos e executá-la ao vivo, com todos os canais abertos, um para o bumbo, outro para um synth, outro para uma voz etc, etc… diferente do DJ set, onde você joga uma faixa inteira em cada canal do mixer.

E o que você está preparando para festa do URBe?

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Diogo Strausz – Na festa do URBe vou estrear meu live set novo, o 2012. Conta a história de que no dia do juízo final, Deus resolveu recomeçar a raça humana deixando apenas 2 humanos vivos e mandou o resto pra pista de dança. A sonoridade é meio house / breakbeat / sci fi.

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