terça-feira

8

fevereiro 2011

0

COMMENTS

5 perguntas (URBe 7 anos) – Ajax

Written by , Posted in Música, Urbanidades


Formado por Filipe Raposo e Gustavo MM, o Ajax, atração da festa de 7 anos do URBe, nessa quinta, 10 de fevereiro, conta sua história:

URBe – Filipe, qual tua história com os toca-discos?

Filipe Raposo – Começou em 1975, quando nasci. Meus pais são viciados em música, meu pai especialmente. Desde pequeno a tradição era acordar ao som forte de um grave cheio. Aparelhagens de som bombásticas e toca-discos de última geração eram a cachaça do meu pai, muitos discos dançantes eram trilha sonora matinal. Pra você ter uma idéia, minha mãe tinha todos os discos em vinil do Prince, Kid Creoule e outros. Eu, meu irmão (João do The Twelves) e minha irmã demos sequência no vício.

Para mim, esse foi o início da fórmula. Música boa e dançante igual boas emoções. Juntando a vontade de compartilhar esta alegria mais o desejo de escutar aquela faixa numa altura cavalar, fez o DJ. Daí, foi comprar um par de CDJs e um mixer para começar a fissura. O debut foi em 2006, na extinta e excelente festa mineira que o Fabiano Moreira trouxe para o Rio junto com a sua mudança. Junto com Breno Pineschi, nós formamos o duo Mustache DJS. O Breno depois abandonou o áudio e concentrou no visual, e o Mustache DJs ficou no Filipe Mustache.

De lá pra cá, toquei em inúmeras festas cariocas, ao lado de grandes nomes da nossa cena carioca, nacional e outros internacionais como Matias Aguayo, Woolfly e etc. Ainda produzi alguns eventos e festas, entre elas a nossa querida e exótica CALZONE.

URBe – Gustavo, resuma a sua longa trajetória.

Gustavo MM – Eu frequentava muito clubes e shows em geral desde muito novo (mesmo, tanto que lembro perfeitamente do Rock in Rio 1, com uns 15 anos ). Desde os clubes mais under como Dr Simth a Hipopotamus, eu ia a todos e sempre ficava vidrado no que o dj fazia com a pista. Um belo dia nos anos 90 , meio que do nada, resolvi comprar um par de toca-discos, aceitei de cara convites para residencias dizendo “que era dj sim”, fiz sempre minhas festas como a Minimal Sessions no Les Artistes, Playground no 00 , Combo e etc. Daí fui acrescentando outros trabalhos como trilhas para desfiles, fiz alguns shows mais experimentais pelo Projeto Morfina e o trabalho hoje como pesquisador para a Agência de music branding Gomus.

URBe – Como surgiu a ideia do Ajax? Qual a onda?

Filipe – Ajax é filho da Cheetah. A macaca mãe através de seus filhos Chico Dub, Pedro Seiler e João Brasil foram os maiores incentivadores do projeto. O Chico Dub frequentava muito a Combo, festa que fez história na cidade no Club 69, e lá, já experienciava os toques da Disco exótica que eu ou o MM tocavamos no meio de nossos sets. Chico e Gustavo MM deram start na festa Clap! que no ínicio tinha uma proposta mais global guettotech e aquilo particularmente me chamou a atenção: senti que uma nova fase chegava. Space Disco já não tinha mais o que explorar, as novidades já eram genéricos do que realmente foi bom e ritmos exóticos se tornaram muito mais atraentes e estimulantes para dançar. Comecei a gravar uma case nova.

Qual o futuro do projeto?

Filipe – Gravar uns re-edits e quem sabe produzir algumas faixas. Vontade há de sobra, já o tempo…

Deixem um top 5 do Ajax.

Barış Manço – Aman Yavaş Aheste 12″ [Baris K Re-edit]

Nickodemus, Zeb & Balkan Beat Box – “Balkan Beat Box”

Adir Nickodemus, Zeb & Balkan Beat Box – “Balkan Beat Box – Adir Adirin” (Nickodemus Remix)

Christy Essien Igbokwe – “Rumours 1980”

John Ozila – “Funky Boogie”

Deixe uma resposta

Deixe uma resposta