quarta-feira

17

junho 2009

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5 Perguntas – Os Ritmos Digitais

Written by , Posted in Urbanidades

A rapaziada da festa Os Ritmos Digitais mistura sons dançantes de todas as épocas, com um certo apreço pelas novidades. Reunindo alguns dos DJs mais legais da nova geração, o trio central da festa está chegando devagarinho e fazendo barulho. Por e-mail, Millos, Hugo e Salim falaram da festa e de como as coisas tem acontecido.

*** PROMO: De onde você acessa o URBe (casa, trabalho)? A sétima pessoa a responder nos comentários leva um par de ingressos para festa (lembrando que os comentários só serão publicados no final do dia, então é na sorte mesmo).

O que toca na Ritmos Digitais e como surgiu a festa, quem frequenta, etc?

Millos – Tocamos sons retrôs, “os remixes mais bombados da última semana”, versões alternativas de clássicos. Quase tudo com um fundo eletrônico. Fizemos a festa porque estávamos a fim de tocar. O público costuma ser bem eclético, o que acho ótimo.

Hugo – Pergunta difícil. A idéia era trazer uma noite antenada em sons interessantes, novos ou velhos, que têm reverberado pelos ouvidos mais ligados.

Salim – Acho super vago dizer “tocamos de tudo”. Não que isso seja mentira, mas a ideia foi sempre tocarmos o que fosse bom para dançar. Música em festa tem que ser para divertir. Dá pra tocar muita música que não tem sentido nenhum até ser colocada junto com outra.

Quem faz Os Ritmos Digitais?

Millos Millos Kaiser, 22, formando em jornalismo, de malas prontas para se mudar para São Paulo e fã de Talking Heads.

Hugo – Começamos a tocar faz menos de dois anos, o que nos coloca como novos na “cena” (não sei se existe uma, mas gosto de pensar que sim). Alteregos: Millos é jornalista (escreve pra alguns cantos bacanas), Rafael Salim é fotógrafo e cineasta e Yugo (Hugo) é editor de imagem.

Salim – Somos três grandes amigos e festeiros de primeira. Com alguns gostos em comum como, por exemplo, a música. Rola uma afinidade muito bacana, mas cada um tem também gosto musical e sua vida secreta diária.

Se ser DJ não é a ocupação principal de vocês, como isso entrou na vida de vocês?

Millos – Não é a ocupação principal, mas é uma delas. Comecei a tocar na W, tocando com um mixer e dois aparelhos de DVD. Só toquei 80`s e toda hora alguém vinha reclamar do que eu tocava. Acho estranho ler “DJ” antes do meu nome, mas acho que não tem outro nome para isso que venho fazendo.

Hugo – É hobby, mas é difícil dizer até onde sou mais Yugo que Hugo. “Yugo” é na verdade um carrinho parecido com uma Fiat 147, que bombou nos EUA em 1985 (ano em que nasci), porque era bonitinho e barato. Mas ordinário. Virou febre na época. Gostei da idéia e, como muitos amigos me chamavam de “You, Go!” de brincadeira, achei que colava. Mas respondendo mais diretamente, eu queria ser DJ desde meus 12 anos, quando contratei um pra minha festinha de aniversário. Acho que é o que faço melhor, então quero fazer pra vida toda.

Salim – Começou com a W, há mais ou menos uns 2 anos. Tudo tomou uma proporção muito maior quase sem querer. Tanto a festa quanto a ‘brincadeira’ de tocar. Pra ser sincero sempre tive um pouco de dificuldade de me considerar DJ. Primeiro por justamente não encarar como profissão, já que trabalho com outras coisas, e também por ter um monte de gente boa por aí. Hoje é um pouco inevitável não me considerar DJ, estamos tocando quase todo final de semana. Também não existe um manual do que é ser um DJ ou não. Enfim, parei de dar bola pra isso também. Ser DJ não me impede de ser outras coisas e vice-versa. Sem contar que adoro tocar.


Vídeo da derradeira festa W

Essa é a primeira festa que vocês organizam?

Hugo – A gente fazia a W. Começou como uma festinha no play do meu prédio pra 150 pessoas, apareceram 300, ficou sério e fizemos outras (só que em lugares alugados, pra não receber outra multa do condomínio). Foram seis edições, a última com 900 pessoas. Depois ficou parecendo choppada. (a bebida era liberada, o que foi legal no início, mas ruim depois) e perdeu o sentido.

Salim – Começamos com a W, que foi super legal. Lá que começamos com essa história de DJ, de produzir, pensar em divulgação, conceito. Nesta, fizemos uma festa só para produzir esse video e um ensaio fotográfico. Depois, os três resolveram se juntar e fizemos a Festa, no segundo andar do Hipódromo, praticamente só para amigos. Foram umas 300 pessoas.

Como anda a noite carioca pra galera que está começando?

Millos – Ficamos mal acostumados com a W, que ficava sempre entupida. Hoje tem muito mais festa, mas isso não significa que há uma “cultura de noite” forte por aqui. O carioca é meio preguiçoso musicalmente, prefere sair e escutar o que já conhece. A CALZONE tinha [N.E. – tinha não, TEM, a festa continua] essa coisa de mesclar farofa com coisas mais underground que é bem a cara da Ritmos. A Combo tinha sempre bons line-ups e, agora, a Moist, também no 69, vem fazendo a mesma coisa.

Hugo – DJs hoje em dia chamam pessoas para festas. Não sei se isso rolava, tenho a impressão que não. O difícil é encontrar seu público, mas aos poucos ele aparece. Acho que tenho um lado a e um lado b, dependendo de onde toco. Um mais pop e o outro mais pro fidget house. Gosto também de misturar quando dá. Na Ritmos dá porque é nossa casa.

Salim – Acho complicado, mas acredito que está melhorando. Hoje todo mundo faz festa e isso ajuda. Aqui classificam como noite de rock ou noite de eletrônico, o que acho besteira. Por mais que tenha gente aberta a ouvir outras coisas, às vezes demora um pouco pro pessoal dar credibilidade.

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