terça-feira

16

junho 2009

14

COMMENTS

5 perguntas – Letuce

Written by , Posted in Música


foto: Ana Alexandrino

Letícia Novaes já teve trocentas bandas, atuou no teatro, foi blogueira e figura conhecida do Fotolog. Sempre bem focada em suas coisas. Foi quando conheceu Lucas Vasconcellos, do Binário, que finalmente se viu num projeto musical que realmente a deixa satisfeita, o elogiado Letuce (antes Lettuce).

Em conversa por e-mail, a atração da festa de 6 anos do URBe falou sobre como é ser um casal e trabalhar juntos ao mesmo tempo.

*** PROMO: Quantos anos você tem e qual o seu bairro? A sexta pessoa a responder nos comentários leva um par de ingressos para festa (lembrando que os comentários só serão publicados no final do dia, então é na sorte mesmo).

Você participou de diversas banda (Letícios, Menage, tocou com o João Brasil…). O Lucas é conhecido pelo Binário e pelo Ordinário Groove Trio. O que é o Letuce?

Letícia Novaes – LETTUCE é minha banda natural, exposição espontânea de um casal que faz música em casa, no seu cotidiano apaixonado, e aos poucos mostrou para amigos, colocou no myspace e voilá: pediram shows. E lá fomos nós, naturais, fazer. São músicas que falam do amor, lugar-comum, mas ainda assim, inesgotável.

Lucas Vasconcellos – O LETTUCE pra mim é a Letícia em forma de canções. É o filme musical de nossa relação amorosa. Não planejei musicalmente coisas com ela. Nos conhecemos e , como essa área é nosso dia-a-dia, a coisa se encaminhou . Música e amor num sincronismo bem delicioso. Nossos primeiros takes fora na sala de casa, vendo o vento mexer nas árvores e as horas passarem lentamente. Bebendo vinho de manhã. Isso determinou o ritmo emocional do projeto.

Tenho o Binário, do qual sou fundador e tenho imensa honra disso. Acho que aprendi a tocar em grupo com esses caras do Binário. Um trabalho de persistência e experimentação, muita liberdade envolvida, sem marcações ou clic na hora de gravar. isso humaniza e é o espírito que eu levo pra qualquer estúdio em qualquer projeto que eu esteja envolvido.

No Ordinário eu sou o tecladista, pianista. Adoro vestir essa camisa e tomar o meu uísque na encarnação do harmonista da banda. Já o Bastardos tá meio parado, estamos todos meio sem tempo pra jogar tudo isso pra frente agora. É muita coisa, muito ensaio, gravação aqui e ali, mixagens e masterizações. Vou dar um gás no Bastardos pro carnaval. Aí ele vai cumprir sua vocação.

Canções nunca estão prontas , mas quando elas aparecem, tem que ter prioridade sobre todas as outras ocupações da vida. E isso não é árduo, é instantâneo. Eu e Letícia convivemos muitas horas por dias e esse espaço de criação se impõe pra nós dois. É um diário que escrevemos com nossas ferramentas sonoras.

Como surgiu esse projeto e como os projetos antigos de vocês influenciam o atual?

Letícia Novaes – O Lucas mudou minha voz, trouxe música para o coração, tirou da cabeça. Eu ouvia Binario na praia e já amava o som, a voz dele. Parece até que eu chamei por isso. Na noite em que a gente se conheceu, já fizemos um samba juntos, o resto foi natural, como eu disse. Meus projetos passados eram muito gritados ou muito sacanas (rá!). Faltava uma delicadeza, uma ternura que eu sempre incubei, mas que latejava aqui, só faltava o muso inspirador para tal coisa.

Lucas Vasconcellos – Conheci ela pelos escritos internéticos, depois fomos apresentados pela Ana Claudia, amiga que temos em comum. Depois foi a convivência que nos inspirou a registrar as sensações de se apaixonar , desse espaço mágico que existe entre pessoas que estão se conhecendo.

E como tem sido a repercussão?

Letícia Novaes – Mágica! Outro dia um cara me mandou um email dizendo que conheceu a namorada dele no show do Odeon, e que ficaram impressionados com o amor exposto ali daquela maneira. E que ela iria viajar, mas voltaria para ver nosso show no Cine Glória com o amado de novo, queriam ver de novo e juntos. Fiquei de cara! Lindo. Me comove de tal maneira que fica difícil explicar. Todo mundo vem dar parabéns dizendo “Eu quero um namorado” ou então quem já tem, fala: “Ai, eu quero fazer música com minha namorada”.

É um barato. E é real, a gente conversa no palco, relembra histórias, se sacaneia porque minha afinação foi pro beleléu. Saíram matérias ótimas também no jornal O DIA e n’O GLOBO, dois veículos que atingem outro tipo de pessoa, internet é mais próximo de mim. No dia que saiu a matéria no Segundo Caderno foram umas 230 pesssoas no Cinematheque e eu não sabia quem eram 80%. Maravilha.

Lucas Vasconcellos – Surpreendente. Os sons que gravamos em casa já rodaram fortemente. Fizemos muitos shows nesse ultimo ano, o que gastou algumas músicas mas também definiu outras. Terminamos um novo registro em estúdio na última semana e foi como passar a limpo essas primeiras canções, muita
coisa inédita também entrou e ficou com cara de álbum mesmo, com uma sensação de roteiro(que eu adoro, mas que, pela forma de se vender e escutar música hoje, pode parecer meio obsoleto MAS NÃO É). Conceber
álbum gera emoções elásticas.

O disco deve sair daqui a alguns meses. Fiz a primeira audição do material bruto há duas horas atrás, junto
com o Jardim (o baixista) e o Iky Castilho, parceiro e um ótimo produtor que eu consegui trazer pro projeto.O Paulo Camacho (que trabalha comigo há 12 anos imagetizando minhas idéias musicais enquanto eu musicalizo as imagens que ele me propõe) registrou essa gravação oficialmente . Deve ter coisas legais também.

Tem alguma nova banda de vocês? As antigas estão paradas?

Letícia Novaes – As antigas pararam. E tudo bem, tudo ótimo, circulação sanguínea normal, trânsito passageiro. Valeram. Coisas novas sim! Eu e Lucas estamos brincando de fazer música eletrônica, nos chamamos de “brazilian lovas”. Uns bolerinhos românticos com batidinhas cheias de balanço. Tá bonito. Em breve!

Lucas Vasconcellos – Eu e Letícia estamos visitando umas canções radiofônicas gostosas, românticas e históricas em um formato Voz/violão/MPC. O LETTUCE LOVAS. Farra de aprendiz, mas os primeiros resultados foram legais. Quem tá produzindo também é o Iky Castilho. O Binário ensaia pro próximo disco, só com coisa inédita. Trabalhão que eu sei que vai ficar legal, mas onde o desafio maior é não se repetir.

O que mais você tem feito? Como anda os trabalhos de atriz?

Letícia Novaes – Acho que eu não sou mais atriz. Mas não é fatal. Sinto que eu fiz CAL pra compreender meu espaço num palco, mas não necessariamente pra atuar. Eu atuei por curiosidade, por amor à arte, talvez, mas o que eu sempre quis mesmo na vida, desde os 5 anos, quando eu já fazia músicas – hilárias! – na minha cabeça, é cantar.

Deixe uma resposta

14 Comments

  1. Sofia Maldonado
  2. mariah
  3. Soraya
  4. gabriel
  5. Christiano Ottoni
  6. Bruno Natal
  7. Dai

Deixe uma resposta para LivioCancelar resposta