terça-feira

19

julho 2005

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5 perguntas – DJ Nepal

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Integrante do Apavoramento — o produtor Fiskal e o DJ Woo completam a foração — Nepal é conhecido por seus sets classudos de breakbeat. Cheio de história após uma turnê pela Europa, Nepal fala do seu novo projeto, o Neskal, do Apavoramento e de a quantas anda o break no Brasil.

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Que história é essa de Neskal?

O nome Neskal vem de uma brincadeira, Nepal + Fiskal. O Neskal surgiu da nossa vontade de fazer uma som mais leve e com influências de funk 70. O som do Apavoramento estava indo pra um caminho muito pesado, “fear the bass”, e eu e o Fiskal sempre ouvimos muito funk 70. Aliás meus sets caminham cada vez mais pra isso, influências the funk e soul.

O Apavoramento acabou?

O Apavoramento continua, o Neskal é somente mais um braço do show. Assim tornamos o show do Apavoramento mais versátil, com dois momentos: um mais funk 70 (com o Neskal) e um momento funk favela (com o Woo). Acaba sendo um complemento.

Sempre pensamos no Apavoramento, desde o início, como um crew, uma marca de “bass”, que quando fosse para o palco, independentemente do número de integrantes, representasse a escola dos breaks e tudo que dela faz parte (funk, rap, jungle, etc..). Isso acabou nos levando a esse formato de show.

Você acabou de voltar da Europa. Como foi lá?

A recepção foi ótima. Imagina sair aplaudido de um palco em Londres, irado! O Woo ficou por lá e tá fazendo umas gigs representando o crew. Agora temos uma base na Europa e pretendemos voltar em breve, antes do fim do verão. Testamos esse novo formato de show do Apavoramento e foi aprovado! O show em Barcelona, no Festival Brasilnoar, foi muito bom.

Depois segui pra minha tour de DJ por Portugal (Club industria, Bar Insolito, Lux e Porto-Rio, imagina tocar num barco acorado no Porto). Em Londres voltamos a fazer o live na rádio Resonance FM e no 93 Feet East, que é um clube da hora na Brickline Alias. Também em Londres fiz um DJ set na Festa Batmacumba (do DJ Cliffy e Kuka, amigos que me hospedaram ), edição especial num Barco no rio Thames. Foi foda!

O que você viu de mais interessante na cena européia?

A independência da cena em geral. Tem espaço pra todos os estilos, o povo consome música, existe realmente o mercado. O cosumidor tem tradição de comprar vinil, mesmo não sendo DJ. Tem mil lojas de disco e você não precisa de repasse de gravadora, etc, pro seu produto na rua.

Vi uma cena foda numa loja de vinil. Chegou um produtor com várias cópias de seu próprio disco debaixo do braço, oferecendo ao dono da loja que ouviu gostou e comprou. Daí você tira que existe uma grande quantidade de produções que nunca vão chegar aqui, entende.

E no Brasil, como está a cena de breaks?

Anda muito muito bem. Hoje posso dizer que toco praticamente em todas as grandes capitais do Brasil. Tem festa de breaks em SP, DF e BH, as grandes festa já começam a investir em trazer DJs gringos de renome na cena breaks. No Rio, meu projeto Nu Breaks vai muito bem! Inclusive já temos artistas e lives de peso, como Nego Moçambique, nós e Zé Maria.

Isso só reforça nossa crença no potencial de uma música, que está entre as mais interessantes, criativas e diversas dentro da eletrônica hoje. Nunca fui tão otimista, mas acho que dessa vez vira!

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