URBe, 2 anos: a festa
Written by Bruno Natal, Posted in Resenhas
A escalação
Demorou mais saiu. O aniversário “oficial” é dia 28 de abril, mas a festa de 2 anos do URBe só aconteceu na quarta passada. No entanto, a escalação caprichada fez a espera valer a pena. Mais diversificada do que em 2004, misturou show de rock, live pa de breakbeat, sets the tech-house e reggae e uma exposição de arte.
Bastante gente, entre leitores, coleguinhas, amigos e até alguns perdidos passaram pelo 00 para conferir as atrações, dar os parabéns, tomar uma cerveja, trocar idéias ou fatura um adesivo do URBe (aliás, quem quiser um, dá um toque por e-mail). É sempre bom sair do mundo virtual e encontrar pessoas no plano físico. Só por esse motivo já valeria a pena fazer a festa, mas teve muito mais.
Yeah rock!
A tarefa de abrir as comemorações ficou para o Moptop, às 22h30. Gabriel Marques (voz e guitarra), Rodrigo Curi (guitarra), Daniel Campos (baixo) e Mario Mamede (bateria) fizeram uma apresentação enxuta e precisa, de apenas 40 minutos.
Apesar do lugar não possuir estrutura para shows, a qualidade do som estava boa (um obrigado à Lontra Music pelo PA e mesa de som!), o que ajudou bastante. No repertório, músicas da demo “Yeah rock!” (disponível para baixar no saite) e covers de White Stripes (“Seven Nation Army”) e Kinks (“You really got me”).
Após o show, foi minha vez de dar aquela tapeada no som. O set teve de tudo: Radio 4 (“Party crashers”), Bloc Party (“Banquet”), Les Rythmes Digitales (“What’s that sound”), Technotronic (“Pump up the jam”), Daddy Yankee (“Gasolina”), Chemical Brothers (Believe”), M.I.A. (“Galang”)… A mistureba segurou a pista direitinho por uma hora.
Exposição “Vice Versa”
A essa altura, meia-noite, a festa já estava cheia e bastante gente ficou do lado de fora batendo papo e conferindo a exposição conjunta de telas de Antonio Bokel e TOZ, intitulada “Vice-versa”. Amigos desde os tempos de faculdade, a dupla exibe trabalhos complementares em sua simbiose.
Enquanto TOZ aproxima o grafite do universo das galerias, Antonio leva suas telas para respirar o ar das ruas. A exposição foi o encontro de dois caminhos, duas respostas para a mesma questão: como enxergar a cidade através da arte.
Muchachas na pista
Enquanto isso, do lado de dentro, Spark, destaque da primeira festa e único repeteco desse ano, não decepcionou. O catarinense mandou um set irretocável de tech-house, breaks e electro. Classudo demais.
Nepal entrando, Spark saindo
No auge da festa, 1h30, Nepal assumiu o comando. Era a estréia do Neskal, live pa da dupla Nepal e Fiskal. Infelizmente, por problemas pessoais, Fiskal não pôde se apresentar, deixando tudo a cargo do Nepal. O novo projeto com a marca do Apavoramento Sound System promete breakbeat com influências do funk de George Clinton e companhia. Promete e cumpre. Cheias de balanço, as produções agradaram em cheio, congestionando a pista quase imediatamente.
O Neskal mal começou e já está dando resultados. A primeira música de trabalho, “Don’t push”, recém-lançada pelo selo Groovemasters, do DJ espanhol Nitro, e está figurando no top 10 da Streetwise Music, uma das principais lojas do estilo.
MPC e Cristiano Dubmaster
Finalizando a festa, MPC e Cristiano Dubmaster (Nelson Meirelles faltou), mais conhecidos como Digitaldubs, purificaram o ambiente alternando graves chapados do reggae setentista e pedradas de dancehall e ragga. Deve ser a tal chave de ouro.
Rumo ao ano 3!
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