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dezembro 2016

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O que vale assistir na 6ª edição do Festival Novas Frequências

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novasfrequencias_2016

Dicas, dicas e mais dicas só de gente bacana.

Chico Dub (curador do Festival Novas Frequências)

O Rabih Beaini é foda. Libanês radicado em Berlim, é um dos nomes quentes da cena experimental. Produz artistas, toca uma mistura pesada de ambient, techno, noise e industrial, tem selo (o Morphine), faz lives com modular, se envolve em curadorias e projetos comissionados para importantes festivais… No NF teremos a chance de ouví-lo em dose dupla: discotecando na Fosfobox e interferindo no som direto das filmagens do cineasta Vincent Moon em um live cinema na Praça Agripino Grieco (também conhecida como Leão Etíope do Méier).

Lucas Santtana (músico e compositor)

Há uns anos atrás escrevi para o folder do NF, não lembro qual ano, mas lembro de dizer que ir ao NF era se jogar de corpo aberto para experiências sonoras desconhecidas, ver e ouvir shows de músicos que nunca tinhamos ouvido falar. De uns anos pra cá muita coisa mudou, essa cena musical cresceu com solidez no Rio, graças a outros curadores/casas de show/mini-festivais que acontecem o ano todo e que tem o NF em dezembro como grande momento finale. Além de sedimentar um público cultivado em relação a essas novas frequências, a grande novidade desse ano é a chegada dos mais importantes curadores/contratantes internacionais dessa cena ao redor do mundo. Curadores, que como Chico Dub, fazem esse garimpo sonoro circular ao redor do mundo. Novidade porque o NF começa a colocar o Brasil no circuito mundial de shows dessa cena. Não mais apenas como importador de produtos manufaturados, mas como produtor deles também. Anyway, vou mais um ano de peito aberto para as surpresas, porque para mim essa sempre será a maior beleza desse festival.

Gabriel Cevallos (curador do festival de POA Kinobeat)

Destruction Derby AST from Miazzo on Vimeo.

A maior expectativa acho que é com a Elysia Crampton, tem se falado bastante da apresentação dela, em como ela mistura club music, noise e spoken word, timing perfeito para ela vir ao Brasil. O caos sonoro do J. G. Biberkopf também está na minha lista dos imperdíveis, pensar novas formas de club music é o que mantém a pista viva.

De brasileiros o “Destruction Derby” do Thiago Miazzo me intrigou bastante, fundir games com performance sonora é tipo de surpresa que espero de um festival como o NF. Estou curioso para ver ao vivo o Bruno Belluomini (Horos), músicas que já escutei bastante em casa, do meu camarada e eterno Tranqueira.

Mário Del Nunzio (curador do Ibrasotope e do festival de São Paulo FIME)

33 BlastBlast BeatBeat from gustavo torres on Vimeo.

Na programação deste ano há a participação de alguns artistas que já tocaram ou no FIME ou na série de apresentações que organizamos no Ibrasotope – todos eles muito interessantes; talvez, por conhecer o trabalho dessas pessoas mais de perto, ficam nesses as sugestões de recomendação que posso fazer: “33 blast blast beat beat”, de Gustavo Torres, é uma peça que lida com situações limite dos músicos participantes, e tem algumas surpresas estruturais, que contribuem para o seu interesse. Estou bastante curioso com a apresentação do Dissonantes – todas as participantes já tocaram com diferentes projetos, em solos ou duos, no Ibrasotope, e projetos bastante diferentes uns dos outros; assim, nessa apresentação onde por fim tocam todas juntas acho que as diferentes proposições de cada uma delas podem contribuir para algo bastante interessante.

Daniel Nunes (curador do festival de Belo Horizonte Pequenas Sessões e membro da banda Constantina)

Minha curiosidade em assistir o Abdala parte da incerteza que ele carrega em suas performances… Cada vez que o assisto é um universo diferente. Gosto dele por conseguir sair do seu “quadrado” e passear pelas várias perspectivas das sonoridades. isso é bom para este “mundo” do experimental. Para mim um dos nomes mais interessantes dessa música atual.

Xiu Xiu. Li muito sobre. Faz parte do casting de um selo que acompanho faz tempos, do qual já tentei trazer artistas pras Pequenas Sessões. Gostei da proposição que foi feita por eles recentemente: “Xiu Xiu Plays the Music of Twin Peaks”. Gosto destas “brincadeiras”.

Ricardo Garcia (curador do festival Bigorna e do espaço para shows Estúdio Fita Crepe, ambos em São Paulo)

Renata Roman (SP) tem um trabalho sensível composto por paisagens sonoras e sonoridades abstratas. Abdala, músico de Goiânia que trás em seu som referencias da musica regional, melodias minimalistas com batidas eletrônicas.

Pedro Garcia (o Cartiê Bressão)

Gil Delindro – Voidness of touch | Serralves Foundation 2015 from Jose Pando Lucas on Vimeo.

Escolho o Gil Delindro porque me parece que o artista que está disposto a nos levar como um guia a uma realidade paralela desértica para confrontar nossa essência.

Carlos Albuquerque (jornalista)

Quero muito ver a Elysia Crampton e o pessoal do coletivo mexicano NAAFI, mas acima de tudo quero ver o que não conheço. A cada edição, me sinto desafiado pelo Novas Frequências a descobrir novos sons. Gerar essa instigação nas pessoas é um dos grandes méritos do festival.

Mariana Mansur (produtora do Quintavant)

Quero muito ver a noite no Leão Etíope com Tantão, Lê almeida e God Pussy; meu irmão Thiago Miazzo apresentar seus sons de videogame; a noite das minas barulhentas que vai rolar na Audio Rebel; o Projeto Mujique e seus beats rurais que vêm dessa galera massa de Pouso Alegre. Dos gringos tô muito curiosa para ver e o Gil Delindro e a Elysia Crampton.

Bruno Natal (URBe)

Minha dica é uma dica que o Chico me passou: o austríaco Ulf langheinrich, apresentando “Full Zero”, um estudo sobre frequências sub graves que induzem ao transe.

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março 2013

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Transcultura #106: Vincent Moon etnográfico // The Pirate Bay doc

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foto: Christian Ghezzi / divulgação

Meu texto da semana passada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo:

O outro lado de Vincent Moon: mostra etnográfica no Rio
por Bruno Natal

Conhecido pelas “Take away sessions”, série de curtas com algumas das bandas mais adoradas da atualidade (Phoenix, Yo La Tengo, Animal Collective, Arcade Fire, Bon Iver e diversas outras) que dirigiu para a página francesa La Blogothèque e cuja estética foi copiada mundo afora, o francês Mathieu Saura, mais conhecido como Vincent Moon, afastou-se do rock. Em sua segunda visita à cidade, onde aproveitou para filmar o carnaval, Moon, que já foi personagem de matéria aqui na Transcultura, escolheu curtas mais recentes, desde que virou suas lentes para assuntos de cunho etnográfico, para uma mostra na Maison de France, que acontece na segunda-feira, 18 de fevereiro, a partir das 18h.

— É muito bom estar na cidade durante o carnaval. Estava com medo de estar exausto, vindo direto do Chile, onde finalizei um filme sobre música popular. Mas encontrei o ritmo e consegui fazer ao menos um ótimo filme, acompanhando os bate-bolas da Zona Oeste — conta ele.
O novo filme não fará parte da mostra, intitulada “Projeções comentadas de Vincent Moon”, que traz uma ótima oportunidade de ver no cinema registros pouco usuais assinados por ele.

— Será uma sessão dupla, focada na nova música da Indonésia, Etiópia, Rússia, assim como velhas tradições, xamanismo, transes de todas as partes do planeta. A intenção é construir uma ponte entre os avós e seus netos e como eles podem se comunicar — diz.

Em sua página no Vimeo (vimeo.com/vincentmoon) dá para ver alguns do novos vídeos e perceber a mudança de rumo.

— A mudança foi bastante instintiva. Viajando por lugares desconhecidos para mim, fui ficando mais e mais obcecado com a ideia de ir mais a fundo nessas culturas e até descobrindo aspectos que meus amigos locais ignoravam. Tornou-se uma maneira fabulosa de entender o mundo além do reino da música — conta Moon. — Ao mesmo tempo, é também sobre tentar encontrar de onde vem a música, em sua forma mais antiga. E também sobre como abordar essas culturas hoje em dia, como representá-las visualmente e como isso pode impactar a percepção das gerações mais novas.

Após ter filmado tantos nomes do rock, Moon poderia ter cansado do assunto. Mas ele garante que não.

— Cansado, não. É muito exaustivo, pois faço isso tudo praticamente sem dinheiro, mas vivo uma vida bem confortável. Ainda gosto das bandas, no sentido de que mantenho os ouvidos abertos para o que as novas gerações estão fazendo com suas raízes, como as misturam, levam para outros lugares, que novos híbridos vemos atualmente, quais são as novas tradições.

A música, garante ele, continua sendo o personagem central do seu trabalho.

— A música está em toda parte, mas não quero dizer que ouvimos músicas nas ruas o tempo todo. É apenas questão de mudar de perspectiva e ouvir o próprio mundo, e tudo tem som. Tenho interesse em como o mundo soa, chamem isso de música ou não.

Tchequirau

Saiu o documentário sobre o processo que sofrem os três fundadores do The Pirate Bay, maior agregador de torrents do mundo. Chamado “TPB AFK”, a sigla significa “ThePirate Bay Away From the Keyboard” (The Pirate Bay, longe do teclado) e é o mote do filme, que mostra que a vida online é tão real quanto a offline. Dá pra comprar ou baixar o torrent em watch.tpbafk.tv e pra assistir no YouTube.

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18

maio 2012

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13

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Petites Planetes: Tom Zé

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Os vídeos da recente passagem de Vincent Moon pelo Brasil começam a brotar. A nova série Petites Planetes é mais documental e experimental do que o a bem sucedida Take Away Shows.

A estreia foi com um belo retrato do Tom Zé. Se tiver tempo, assista também o registro sem cortes, de 20 minutos, de Tom fazendo yoga de manhã. Fala demais dele sem falar uma palavra.

“Se é a arte que imita a vida ou a vida que imita a arte eu não tenho certeza, mas uma coisa é certa, essa idéia de parque temático contaminou também o mundo das artes.

“Até em exposições de Artes Plásticas hoje em dia tem um “guia” para explicar o que aquela obra siginifica. Não é dado mais as pessoas o tempo e o abismo para vivenciar uma experiênica por conta própria.”

O texto de apresentação foi escrito pelo Lucas Santtana e você pode continuar lendo na página do projeto.