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sexta-feira

29

novembro 2013

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Rio, o meu sangue ferve por você

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rio-ciclovia_pedestre_ciclista

E ainda são 11h30, hein…

http://youtu.be/KD49pqbZ0DM

segunda-feira

25

novembro 2013

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Lições do debate com o prefeito Eduardo Paes sobre mobilidade

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hangout_prefeito_eduardopaes_mobilidade_debate_2013

Ao se despedir dos participantes do debate online sobre mobilidade ocorrido ontem, do qual fui um dos entrevistadores, Eduardo Paes chamou todos de “grandes cariocas”. Porém, ressaltou, ali só ele era o prefeito. Uma frase tão boba quanto emblemática.

O encontro foi mediado por Rodolfo Schneider (Band News) e também contou com a participação de Clarisse Linke (vice-diretora do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento), Fernando MacDowell (professor de Engenharia Urbana e Ambiental da PUC-Rio) e Izabella Lentino (urbanista, arquiteta e professora da PUC).

Estava eu, na qualidade de entusiasta, interessado no assunto e alguém que já viajou bastante e conhece outras realidades (assim me foi explicado pelos organizadores quando foi feito o convite), entre especialistas na questão da mobilidade. Estava confiante que, apesar de discordar da ausência de regras e ciente de todas questões apresentadas, algo sairia dali, talvez por ser um encontro ao vivo e público. Não foi isso que aconteceu.

http://www.youtube.com/watch?v=ZzAO5GvpRmA

O encontro é um grande acerto – sobretudo para o prefeito. A iniciativa – copiada da estratégia do presidente dos EUA, Barack Obama- é louvável. Em tempos de repressão tem que aplaudir o espaço para o diálogo. O risco, porém, é calculado.

Ao se dispor a conversar com seus críticos, o prefeito exercita a democracia e sai muito bem na foto. De quebra, através das pessoas que escolhe para entrevistá-lo, ainda consegue audiência com quem normalmente não lhe daria ouvidos, conseguindo pregar para além dos convertidos (olha você lendo sobre ele aqui no URBe, por exemplo).

Mesmo estando em minoria frente a quatro entrevistadores, o prefeito está todo tempo em vantagem: nas duas horas de conversas, cada um de nós conseguiu fazer apenas três perguntas; ao responder 12 perguntas o prefeito tem um tempo de fala proporcionalmente muito maior.

Essas não são críticas a iniciativa — que repito, é muito importante e deveria ser mais copiada — são apenas observações. O jogo é esse e sabia bem as condições antes de aceitar participar. De qualquer maneira, o grande trunfo do prefeito também não está em nenhum dos pontos levantados.

Dono de uma retórica invejável, Paes é um animal político. Ele não baixa a guarda, ainda que a disfarce e sente-se plenamente confortável na condição de sabatinado. Ligado, Paes não perde uma oportunidade de tangenciar e, quando atacado, de contra-atacar.

Não sou eleitor do Paes porque discordo da sua visão, abordagem e, consequentemente, dos seus projetos, não por questionar seu talento como administrador. O problema, para mim, está exatamente nesse seu talento. Ao afastar a gestão da cidade do espectro político o máximo que pode, seu discurso aguado é provavelmente um dos grandes trunfos para o sucesso com um eleitorado que enche o peito pra dizer “não suporto política”.

A questão é que ao tocar ao Rio tal qual um síndico, simplesmente administrando o que já há, preocupado em manter a conta no verde (o que sim, é importante), nem sempre se faz o melhor pra cidade. É preciso arriscar e tomar decisões independente da lógica de mercado. Afinal, o prefeito não é um síndico ou administrador, é sim um político.

Assim, com a mesma naturalidade que diz que paga o que for para Woody Allen filmar no Rio (ótima divulgação para cidade, sem dúvida, mas não é esse o ponto aqui) ou anuncia a construção de uma pista de esqui em Madureira (nada contra o esqui ou Madureira, que merece muito mais, de novo não é esse o ponto), o prefeito diz que não há dinheiro para executar 6km cruciais para ligar o metrô ao terminal Alvorada.

Por conta dessa postura, há um abismo entre a cidade do discurso de Paes, que recebe prêmios como Smart City e convite para palestrar no TED, da que a de fato os cariocas vivem.

Nas duas reuniões com a equipe do prefeito que antecederam o debate e nos emails e mensagens de whatsapp que se seguiram, um ponto era martelado: “vocês estão participando desse bate-papo como integrantes da sociedade civil”. O objetivo, claro, era despolitizar a discussão, o que nem seria de todo ruim e poderia ajudar a focar no assunto proposto, mobilidade.

O grande erro foi acreditar que o hangout era de fato um bate-papo, quando era um debate político em que a ausência de regras privilegiou o prefeito (“é pra ser um bate-papo”, diziam quando reclamei que sem regras isso se transformaria num palanque, o que de fato aconteceu).

Foi meu terceiro encontro com o prefeito, dois deles nas condição de entrevistador. No segundo, longe das câmeras e microfones, a conversa foi bem mais franca e objetiva, ainda que nada de concreto tenha saído dela.

O que vi ontem foi o Paes do primeiro encontro, político, fugindo das perguntas com o que já considero uma cortina de fumaça clássica do seu repertório, um simples e direto “você tem razão” (“mas continuarei fazendo o que estou fazendo”, poderia complementar) e as utilizando para promover suas plataformas (chegando ao extremo de fazer anúncios para “imprensa que estivesse assistindo” durante as respostas).

Para se conseguir alguma resposta efetiva teria que ser adotar uma tática do jornalista inglês Jeremy Paxman, que não cabia no formato de debate proposto. Consegui fazer três perguntas:

1) sobre o método utilizado para calcular o aumento das tarifas de ônibus, uma conta que considera as despesas declaradas pela própria empresa + 8% de margem de lucro (que ele explicou como estava tentando melhorar a transparência desses dados, mas não respondeu sobre mudar o método para algo mais realista em relação as regras de mercado);

2) sobre a opinião pessoal dele sobre a composição da CPI dos ônibus, presidida por quem votou contra sua instituição (que ele não respondeu, mesmo quando insisti);

3) sobre a obsessão de medir o sucesso das ciclovias através da quilometragem da malha, sem discutir as condições das mesmas (como o fato de grande parte ser simplesmente trechos de calçadas pintadas de vermelho, quando tanto) e, sobretudo, o foco em bicicleta como lazer e não transporte, que é para o que se dispõe boa parte dessa malha (após essa pergunta o prefeito sugeriu que minha opinião era a de quem “anda de bicicleta pela Zona Sul”, como se isso fosse algum demérito).

É importante ressaltar que as críticas que fiz não são baseadas apenas em minha experiência pessoal, diversas reportagens recentes não falam nada bem do estado das ciclovias da Zona Oeste, parte do projeto do próprio prefeito, citado elogiosamente por ele mesmo em sua resposta).

Nessa, pontos importantes levantados na entrevista sobre bicicletas que realizei com o prefeito ano passado continuam sem resposta ou solução (migrar bicicletas da pasta de meio ambiente para a de transporte; campanhas de educação e conscientização; organização do fluxo e respeito a leis de trânsito, como carros manterem distância de 1,5 metro dos ciclistas).

Também foram apresentados dados que comprovam que por mais que a prefeitura diga que é contra o carro, não executa medidas nesse sentido, pelo contrário. O próprio prefeito chamou ônibus de “quentão” e disse que não os utilizaria, entendendo o transporte público como uma opção ao carro.

Mesmo com o saldo total de três perguntas sem resposta, ainda assim continuo disposto a continuar participando, debatendo e colaborando. É a única maneira de se avançar, quem sabe até conseguir fazer com que Paes reveja algumas coisas, o que seria muito importante para cidade.

sexta-feira

22

novembro 2013

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1º UPP – UH UH UH Prêmio de Protestos

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premio_upp-7

Em seu blog, Rafucko, apresentador do prêmio, conta os detalhes da primeira edição do Prêmio de Protestos. Abaixo você confere a lista de vencedores da Pedra Portuguesa de Ouro 2013:

Melhor Ocupação
Ocupa Cabral
Ocupa Câmara Rio
Ocupa Paes
Ocupa Odebrecht

Melhor Grito
“Fora Cabral!”
“Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar”
“Não vai ter Copa”
“Não me representa”

Maior Ato de Vandalismo (Molotov de Ouro)
Sentar nas escadarias da Câmara
Quebrar os manequins da Toulon
Pichar a ALERJ
Queimar ônibus

Pior Manipulação
“A voz que emergiu das ruas”, Revista VEJA
“Lei mais dura leva 70 vândalos para a cadeia”, Jornal O Globo
“Quem são os Black Blocs?”, Revista Época
Leilane Neubarth, pelo conjunto da obra (Globo News)

Maior Repressão
Papafolia (22/7, Palácio Guanabara)
Dia da Independência (7/9, Av. Presidente Vargas e Palácio Guanabara)
Dia dos Professores/Black Prof (15/10, Cinelândia)
Marcha dos 300 mil (20/6, Av. Presidente Vargas)

Melhor streaming/cobertura
Mídia NINJA
Rio na Rua
MIC – Mídia Independente Coletiva
Coletivo Mariachi

Melhor Protesto Alternativo
Coletivo Projetação
Pink Bloc
Tatu-Bola na abertura da Copa das Confederações
Casamento da Dona Baratinha
Palhaço Paga-Nada

quinta-feira

21

novembro 2013

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Hangout com o prefeito sobre mobilidade

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A convite da prefeitura, hoje participo de um bate-papo online ao vivo com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, sobre o tema mobilidade.

O encontro será mediado por Rodolfo Schneider (Band News) e participam também Clarisse Linke, Fernando MacDowell e Izabella Lentino (leia os currículos de cada um na imagem abaixo).

Ano passado entrevistei o Paes exclusivamente sobre o assunto bicicletas, na condição de ciclista e interessado no assunto. Surgiram muitas dúvidas, algumas revelações e promessas ainda não cumpridas (como migrar bicicletas da secretaria de Meio Ambiente para de Transportes). Dessa vez, acompanhado por especialistas, o assunto deve render bem mais.

Para assistir e participar, basta acessar youtube.com/RioSemprePresente a partir das 20h (se alguém quiser comentar, acompanharei pelo Twitter, @URBe).

ABA_HANGOUT V2_Mobilidade

segunda-feira

18

novembro 2013

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Transcultura #127: Rio Parada Funk 2013 // Batman

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Rio-Parada-Funk-2011_Guito-Moreto-61
foto: divulgação/Guito Moreto

Versão integral e sem edição do texto na da semana passada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Rio Parada Funk chega à 3ª edição, desta vez na Apoteose
Doze palcos contarão a história do gênero musical no próximo dia 24. Ao todo, serão mais de cem atrações, como MC Marcinho, DJ Marlboro e Tati Quebra-Barraco
por Bruno Natal

Mesmo tendo apenas dois anos de existência, a Rio Parada Funk já passou pelos mesmos altos e baixos, sempre extremos, que o funk atravessa desde seu surgimento no final dos anos 80. Perseguido, marginalizado, exaltado, celebrado e novamente esculachado, o funk hora é criticado pelo teor violento e sexual das letras, hora elogiado pelo retrato social preciso e pela auto-gestão bem sucedida. Nessa turbulenta relação com a sociedade a única constante é o fato de que o funk nunca pára, sempre se reinventa, transforma e surpreende.

Chegando a terceira edição terá 12 palcos contando a história do funk, comandados pelas principais equipes de som, com nomes como “Clima dos Bailes”, “Favela tem Conceito”, “Outro Lado da Poça” e “Clube Balanço/Funk Nacional”. Serão mais de 100 atrações, incluindo MC Marcinho, DJ Marlboro, Tati Quebra Barraco, MC Sabrina e Coringa, selecionadas pelo lendário DJ Grand Master Raphael e uma junta de especialistas no gênero.

O baile a céu aberto acontecerá semana que vem na Praça da Apoteose, dia 24 de novembro, das 12h as 22h. O local por si só é uma vitória emblemática.

— Além de toda a simbologia, a Apoteose é a casa do samba, que assim como o funk, foi marginalizado, até virar trilha oficial do Rio. Representa muito para o movimento – comemora Mateus.

Quando concebeu a primeira edição da RPF, em 2011, o idealizador Mateus Aragão foi considerado um louco por apenas cogitar a ideia de realizar um baile desse tamanho. Por conta disso, o evento teve seu local transferido três vezes pelas autoridades antes de aportar no Largo da Carioca, no Centro, atraindo dezenas de milhares de pessoas para conferir as equipes de som tocando de graça nas ruas. No ano seguinte, na Lapa, o saldo foi novamente positivio, surpreendendo os críticos: nenhuma ocorrência policial ou registro de confusão.

Esse ano, finalmente há o apoio oficial da prefeitura, oferecendo infra estrutura, além da presença da Guarda Municipal e da PM, que promete inserir a Rio Parada Funk no calendário oficial da cidade.

— Quem diria que um dia o maior baile funk teria apoio da prefeitura? Recebemos apoio de infra estrutura, sem a qual o evento não seria realizado. Não temos patrocínio. Fazemos este evento porque sabemos de sua relevância. Os artistas são todos voluntários, se apresentam na Rio Parada Funk porque acreditam nele. Tudo pelo funk.

Para garantir a segurança e conforto, os ingressos gratuitos deverão ser impressos pelo público após um cadastro online na página da RPF. Cada pessoa cadastrada poderá imprimir quatro ingressos, sem o qual não se entrará no evento. [atualização: os ingressos estão esgotados]

A expectativa da produção é de que 20 mil pessoas passem pelo local — números bem mais baixos do que nos anos anteriores, quando reuniu 160 mil pessoas, de acordo com os organizadores. O momento, no entanto, é de ascensão, com nomes como Annita e Naldo em evidência. Preocupados em preservar a história do funk, a RPF tem como marca os palcos dedicados a épocas e artistas importantes do gênero, assim como apontar pro futuro.

— Optamos por contar a história do movimento, pois muitos ainda não a conhecem. O funk reúne diversas gerações, que se emocionam com a essa trajetória e isso é muito importante para nós. Mas garantimos espaço para todas as gerações. O palco Tamborzão, por exemplo, comandado pela equipe do Mr. Catra, representa este célebre momento do funk atual. O palco Funk Mundial tem produções de estrangeiros. Sem saudosismo, pensamos sempre no futuro. Como diz o Paulinho da Viola, “quando eu penso no futuro, não esqueço meu passado”.

Não será esse ano que artistas internacionais, que tanto influenciaram o surgimento do funk, participarão da festa. ainda não

— Já recebemos artistas como Stevie B. e Trinere na “Eu Amo Baile Funk”, festa que produzo há quase 10 anos. Eles querem muito vir, mas não tivemos recursos para pagar a passagem deles.

Os sonhos de Mateus para o evento e para o funk de forma geral são ambiciosos.

— Estamos muito felizes , porém muito longe de onde queremos ver o funk chegar. O desejo é ver um grande centro totalmente dedicado a cultura funk. É muito legal ver São Paulo tomado pelo funk, assim como ver artistas do rap de São Paulo gravando funk. Em breve, queremos realizar a Parada Funk também fora do Brasil, para mostrarmos ao mundo como nossa cultura é importante.

Tchequirau

Batman_TheDeal

“The Deal” – Essa semana, a fan fiction do Batman “The Deal”, escrita por Geraldo Preciado, desenhada por Daniel Bayliss e publicada online, causou fervor entre os fãs de HQ. É coisa fina mesmo.