pitty Archive

segunda-feira

14

agosto 2017

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Elza Soares e Pitty, “Na Pele”

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Diretor do clipe, Daniel Ferro falou um pouco da experiência de gravar com Elza Soares:

“Foi uma experiência surreal. A música é um soco no estômago. A responsabilidade que eu senti ao montar esse clipe, que ao mesmo tempo revisita um passado e celebra o presente de Elza, mexeu comigo de uma forma intensa. Fiquei com a adrenalina alta, sem dormir, um nó na garganta que ficou lá mesmo depois de terminar e receber os parabéns de Pitty e Elza. É, sem dúvidas, o meu clipe mais poderoso”

Assista:

terça-feira

28

agosto 2012

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O novo Prêmio Multishow: 2012, parte 1

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Essa semana começaram a ser exibidas no Multishow as pílulas documentais que dirigi para divulgação do Prêmio Multishow 2012. Foram dezenas de entrevistas com as atrações do prêmio sobre suas memórias musicais em torno do tema da noite: música importa.

Os registros são a parte mais visível, até aqui, de um projeto muito maior. No início do ano fui convidado pelo Multishow para reformular o formato do prêmio e, como a missão era grande, formei um grupo para realizarmos a tarefa, convidando o Alexandre Matias (co-fundador e um dos meus sócios n’OEsquema, além de meu guru digital), Pedro Garcia (um dos meus sócios no Queremos! e meu dupla favorito de criação) e o Dudu Fraga (sócio da agência de pesquisas Talk e meu consultor de estratégias profissionais).

Foram meses de muitas reuniões e ideias e ficamos bastante satisfeitos com os conceitos que conseguimos desenvolver com a equipe do Multishow. Categorias atualizadas, formato de juri especializado inédito e outras surpresas (não sei o quanto posso falar até aqui, mas muita gente já deve ter recebido um convite para votar). As mudança são drásticas, mas não serão implementadas de maneira radical. Esse é o primeiro ano, cozinhando em fogo baixo, nos próximos tem mais novidades.

Abaixo está o depoimento do Cícero, na página Música Importa já dá pra assistir outros vídeos da Pitty, Martin e Felipe Cordeiro. A produção foi da Marcela Sá, fotografia do Tiago Lins (complementada pelo Rodrigo Braga em São Paulo e Paulo Blasifera no Rio) e edição do Bruno Vouzella. Logo aparecem os outros do Arnaldo Antunes, Erasmo Carlos, O Terno, Thiaguinho, Ivete, Paula Fernandes, Nando Reis, Gaby Amarantos e vários outros.

sábado

21

julho 2012

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Pitty e a encruzilhada entre arte e trabalho

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Citando o Arnaldo Branco, a Pitty escreveu isso aqui hoje no FB, uma análise sobre arte enquanto trabalho. Fala, Pitty:

“‘As pessoas gostam de falar mal das bandas que cedem às pressões do mercado, mas fazem a mesma coisa todo dia de 9 às 6.’

“Arnaldo Branco, em seu novo livro, sintetizando um pensamento que volta e meia me ocorre.

“Mas aí me ocorreu um outro: por quê sentimos isso em relação a arte e não a um emprego, entre aspas, comum? Talvez porque intuimos (ou nos condicionamos, ou aprendemos) que a arte é sagrada, e partindo desse suposto caráter “divino” não pode ser maculada ou influenciada por quaisquer questões demasiado terrenas tais como ter que pagar o aluguel no final do mês. E talvez não sintamos isso em relação a empregos “comuns” por uma culpinha cristã: se você exerce uma atividade que não gosta e é extenuante, sua compensação, se não emocional e intelectual, deve ser financeira. Se escolheu fazer o que gosta- privilégio de desaforados pois “estamos aqui para sofrer”, nada mais justo que seja punido por esta insolência com a miséria.

“Romantizamos os artistas falidos, os que sofreram, passaram perrengues em nome da arte porque aos nossos olhos tornam-se mártires: penaram e pagaram com sua própria existência para que outros artistas, num futuro mais brilhante pudessem exercer o ofício dignamente. É um quase se “jesusificar”; eu me sacrifico para que um dia possa ser melhor. É como uma promessa de pureza, pueril e idealista; idealizada e nobre, porquanto bela.

“Gosta-se de heróis, precisa-se deles.. mas confesso maior simpatia pelo anti-herói, aquele que não é necessariamente o antônimo, mas que apenas se permite ser humano e fazer suas cagadinhas pelo meio do caminho. Que se desvela do tal suposto caráter divino, que abdica de ser santo e mártir e assume que pagar as contas é algo bem legal. E mais ainda, que é mágico: constrói com maestria a ilusão de que está jogando o jogo e dá a volta em todos os mecanismos, e os usa a seu favor.

“No final, o mais legal e o mais difícil é aquele que consegue abarcar o melhor dos dois mundos; o divino e o terreno. Que consegue manter sua arte imaculada no sentido de liberdade criativa, mas que não se sente culpado de ser remunerado por ela. E que entende que certas concessões se justificam lá na frente, que tudo tem peso e medida, e que recuar no campo de batalha é só estratégia para se posicionar melhor e mais forte.

“Voltando a Arnaldo: talvez por conveniência, talvez por covardia, ou quem sabe por justiça; a sentença me vestiu como o mais bem cortado terno.”

Pra refletir.