lucas santtana Archive

terça-feira

15

julho 2014

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Dazed, "Dazed BRA14" (mixtape por Chico Dub)

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Dazed_ChicoDub_Lianne Milton
foto: Lianne Milton

Durante a Copa, Chico Dub organizou uma mixtape só de artistas brasileiros fora do quadrado para Dazed e recebeu a revista (estilo Caras) para assistir um jogo do Brasil na Copa e falar sobre os sons.

As músicas:

1. DJ Tide – “Deixa acontecer (Eletropagode)”
2. Thiaguinho – “Caraca, Muleke! (João Brasil Remix)”
3. Omulu feat. Mr. Catra – “Cobra Cega (Test) (Unreleased)”
4. Mundo Tigre – Esquinas em movimento”
5. Carrot Green – “Ponto gira”
6. Lord Breu – “Nagô Squad”
7. Psilosamples – “Simsalabim (Unreleased)”
8. Fatnotronic – “Margarida”
9. Filipe Mustache – “Nina na roda (Unreleased)”
10. Manara – “Organisme”
11. Bruno Real – “Invitation to step on the path”
12. Gorilla Brutality – “Astronauta-furacão”
13. Lucas Santtana – “Funk dos bromânticos”
14. Rio Shock – “Rio Pump”
15. seixlacK – “Tele-Sexo”
16. Teleseen – “Rainy Season (Ilustradora Carme’n’ Alve’s Remix) (Unreleased)”
17. “Fudisterik – Ê de Aruanda”

terça-feira

15

julho 2014

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sexta-feira

25

abril 2014

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Transcultura #135: Axé Bass // Coisas Que Eu Achava Quando Era Criança

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transcultura_oglobo_axébass

Versão integral e sem edição do texto de março da “Transcultura” (coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo) e esqueci de republicar aqui:

A hora do axé bass
União de hip hop, dubstep, trap e outros ritmos eletrônicos começa a formar uma cena eletrônica em Salvador e arredores

por Bruno Natal

É o novo som de Salvador, é o novo som de Salvador. Mundialmente conhecido por seu carnaval, axé e também pela forte influência da cultura africana nas tradições locais, a Bahia tem adentrado também outro terreno fortemente relacionado a diáspora negra: a bass music.

Do reggae e dub ao hip hop, onde você escutar um grave pulsando e uma batida conduzindo o transe, pode ter certeza que África está ali. Portanto era de se esperar que o som eletrônico que carrega o grave no nome e que é a base do recente sucesso do dubstep e do trap encontrasse ecos em Salvador.

Formado por Mahal Pita, 26, e Rafa Dias, 24, o A.MA.SSA tem como objetivo conectar Salvador e a Bahia ao restante do mundo e o mundo a Salvador e a Bahia. “A música é uma das ferramentas”, dizem eles. Para eles o bass sempre esteve presente em Salvador, de uma forma ou de outra.

– Esse conceito bass, que de certa forma se aplica a um recorte recente, para nós foi sempre uma experiência bastante familiar. Ouvimos reverberar pela cidade essa sensação de potência, carros com paredões de som tocando pagodão, muitas vezes distorcido pela obsessão pelo grave, festas de largo com as tropas de percussionistas tocando nos surdos, de samba duro à samba reggae e, no topo da cadeia do poder sonoro, o carnaval, a cada ano maiores e mais potentes trios elétricos empurrando a massa – explica Mahal.

Grupos como A.MA.SSA, Som Peba, Bemba Trio, Mauro Telefunksoul, os DJs Hashta, Lucas Brasil, Kongo, Toshiro, Murilo Lobo e festas como Bass Down Low, Quintas Dancehall do Ministereo Público SoundSystem, as produzidas pelo Da A.Ma.ssa e pelo Coletivo Crokant, Sexxxta Bass (em Ilhéus), e Groove and Bass (em Vitória da Conquista). Recentemente parte dos artistas foram reunidos na coletânea “Bass Culture Bahia”, lançada pela governo do Estado, que serviu como catalisador da cena bass baiana e incluiu nomes já conhecidos como Baiana System e Lucas Santtana.

O DJ e produtor Mauro Telefunksoul, 37, parte dos coletivos Pragatecno, Crokant e do Naxapa Controle de Som, acredita que a “mandinga, percussão forte, suínge, calor humano e a musicalidade” do baiano são um fator diferencial no som produzido na boa terra.

– Cheguei a bass music através do Miami bass dos anos 90. Depois passei a tocar hip hop, digital hardcore, jungle, drum n bass, breakbeat, UK garage, grime até a a cultura do grave – conta Mauro, um dos pioneiros da música eletrônica na Bahia.

Para Mahal, uma revolução na concepção musical vem acontecendo em diversos guetos do planeta e em Salvador não é diferente.

– É música de periferia, baseada na tecnologia, ligada ao regional, mas sendo pensada mundialmente. Essas ressignificações não estão presentes apenas no contexto musical, estão em todo o entorno sociocultural. O pagodão atual possui em sua gênese a fusão de elementos da cultura urbana a sua própria referência de raiz: a chula, o samba duro, o lundu, o semba, o candomblé. Isso tornou sua rítmica inédita. Ao absorver influências contemporâneas, tornou-se um buraco negro, consumindo tudo que se põe ao seu alcance.

Pedro Marighella, 34, nome por trás do Som Peba e do OMÃ (esse com Thiago Felix), focado no pagodão e no arrocha, também enxerga um posicionamento político no som.

– Apesar da música de periferia ter a produção mais popular e instigante da Bahia, o estado ainda sofre muito com as diferenças sociais e o racismo. A parte da população que atua nessa produção não é diretamente atendida pelos benefícios que ela gera. Canibalizar essas referências é também uma ação política, um manifesto pela transformação necessária.
As referência estrangeiras pela qual são filtrados os sons locais seriam uma consequência inevitável.

– É muito difícil um jovem de Salvador não ter as influências do mundo nos dias de hoje. Nos anos 80, com a inclusão da região na cena global de world music, começamos a ouvir ainda mais música de diversas origens. No mesmo período a lambada, coupé decalé, zouk, pop africano influenciaram muito a música da Bahia. Influência estrangeira não são apenas músicas e bandas. Quando falamos em música eletrônica, o fato dos softwares não serem feitos no Brasil também conta, porque os bancos de samples, a linguagem empregada, os timbres dos synths deixam as sonoridades mais próximas. Começamos a ser musicalmente educados por tutoriais do Youtube – Pedro.

Ainda assim, não é fácil encontrar espaço para o som dessa bandas.

– Todo e qualquer som mais alternativo é complicado de se trabalhar por aqui. Apesar de Salvador ser a terra da música grave, como reggae e samba reggae, temos poucos lugares apropriados pra se ouvir um bom soundsystem, apenas trios elétricos nas ruas – diz Mauro.

Mahal aponta ainda o preconceito como fator dificultador.

– Ao mesmo tempo que temos um grande acervo, vasta matéria prima musical, carecemos de elementos extremamente básicos, de ordem estruturais e técnicas que acabam dificultando um progresso mais rápido e contundente. No caso específico da A.MA.SSA, que pertencemos ao universo do pagodão, ainda temos o agravante cultural e social, que é o preconceito e a resistência de quase todas as esferas da sociedade – Mahal.

Seu parceiro enxerga ainda outro empecilhos que impediriam até mesmo se falar em um cena local.

– Hoje não vejo uma cena, pois não há diálogo entre os produtores, as festas e o público, tudo é distinto – analisa Rafa.

Pedro rejeita a referência do “bass”.

– Me parece como a ironia pejorativa do “music” de “axé music”. Interessante é que o histórico do eletrônico na música pop baiana remonta ao axé mesmo. É frequente encontrar os nomes do argentino Ramiro Mussoto em créditos de disco dos 80 e 90 citado como “arranjo, samplers, programação MIDI e efeitos” ou simplesmente Carlinhos Brown tocando clap eletrônico na clássica “Fricote” de Luiz Caldas de 1985. Encontro meu “grave simbólico” nos três tipos de surdos dos blocos afro, mas estou numa boa com o “bass” cosmopolita. Amando-o e deixando-o.

Mahal é otimista na expansão do movimento grave que vem acontecendo.

– A Bahia vem assumindo cada vez mais o legado tropicalista de passear pelo mundo sem sair de casa. Já podemos observar o início dessas movimentações em outras cidades fora de Salvador. Mesmo que ainda bem tímido já é um sinal de amplitude.

Tchequirau

coisasqueeuachavaqdoeracrianca

“Eu achava que existia um ‘mundo das drogas’, e toda hora que a minha mãe dizia ‘ele se perdeu no mundo das drogas’, me perguntava por que as pessoas insistiam em continuar indo pra lá”. Esse é um exemplo dos depoimentos que você encontra no “Coisas Que Eu Achava Quando Era Criança”.

quinta-feira

24

abril 2014

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Lucas Santtana, "Partícula de Amor"

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Particulas De Amor_Lucas Santtana

O violão de sete cordas tocado pelo maestro Luis Felipe de Lima serpenteia sobre a base eletrônica do Bruno Buarque, unidos pelo baixo do Bi Ribeiro na música nova do Lucas Santtana, que toca violão, cavaco e sintetizadores. Baladinha preguiçosa e ensolarada, com as experimentações que marcam os melhores momentos do compositor baiano.

“Partículas de Amor” é a primeira música do disco novo do Lucas, que está em processo de crowdfunding para finalização e lançamento, e foi mixada e lançada antes das outras para dar uma ideia do que vem por aí e animar os fãs a participarem da campanha.

sexta-feira

11

abril 2014

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Lucas Santtana dá uma aula bem humorada sobre crowdfunding

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lucassanttana_cafetacvba_lollapalooza_brasil_2014
Lucas Santtana e Café Tacvba no camarim do Lolla ’14
foto: divulgação / Instagram do artista

Preparando seu sexto disco, Lucas Santtana aderiu ao crowdfunding para finalizar a bolacha, que tem participações de De Leve, Omulu, Daniel Haaksman, Letieres Leite, Rica Amabis, integrantes do Bixiga 70 e do Metá Metá e vários outros.

Lucas dá mais detalhes na página do projeto, mas o destaque mesmo é o hilário vídeo de divulgação da campanha, explicando o que é o tal do crowdang… crowdfan, crowdfandi….

“O start desse novo disco aconteceu durante a minha última turnê na Europa ano passado.

“Como era verão no continente Europeu, resolvi acresentar guitarras e outras máquinas na formação, que antes era feita com violões acústicos. Ao lado de Bruno Buarque e Caetano Malta montamos um show bem intenso e pulsante, utilizando máquinas como MPC, Monome, Iphone, sintetizadores e muitos pedais de guitarra.

“Todo o tempo nossa preocupação era que o som ficasse ao mesmo tempo eletrônico e orgânico. Não queriamos que por conta do uso das máquinas o som perdesse o calor de uma apresentação ao vivo.

“Todo esse processo do trio acabou migrando para o disco novo e ganhando a participação mais que especial da atriz francesa Fanny Ardant, do produtor francês Vicent Segal, do Oslo String quartet, do produtor alemão Daniel Haaksman, da atriz/cantora Camila Pitanga, de Bi Ribeiro, do rapper De Leve, dos maestros Letieres Leite e Luis Felipe de Lima, do produtor Rica Amabis, de Kiko Dinucci, Thiago França, Juliana Perdigão, Ricardo Dias Gomes, Junix 11, Seco bass, Omulu, Marcelo Dworeki(Bixiga 70), Junior Boca, Klaus Senna, Zé Godoy, Zé Nigro, André Becker, Pedro Robatto, Gustavo Seal e Jeã Marques.

“A resposta do público nesses shows, tanto no Brasil quanto lá fora foi fundamental para entender que esse som queria vir a tona nesse momento.

“Sempre disponibilizei meus discos de graça na internet. Mas todo mundo sabe que disco custa caro para ser bem produzido. O que estamos arrecadando com o crowdfunding é apenas para pagar os custos básicos de finalização.”

Confira o vídeo: