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segunda-feira

23

fevereiro 2015

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Transcultura #159: Mensagem de Amor // Jungle

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Transcultura_Oglobo_FelipeGuga_2015

Texto da semana passada para “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo.

Mensagem de amor
Em resposta às dores de uma separação, designer cria série de desenhos que fazem sucesso on-line e já planeja livro e mostra
por Bruno Natal

Foi um coração partido, esse amargo combustível, que empurrou Felipe Guga — 35 anos, designer de formação, ilustrador de ofício, artista de colagens e DJ de várias festas do Rio — em direção a uma série de desenhos que fazem sucesso on-line. Ainda sem título, a sequência de ilustrações traz mensagens positivas, de certa forma na contramão de muito do que se vê em redes sociais.

— Essa série começou da forma mais básica e clichê possível: necessidade. A ideia surgiu após eu ter um relacionamento afetivo rompido, antes da virada do ano. Senti a necessidade emocional de gerar um conteúdo 100% ligado a coisas leves e para cima, tanto para eu mesmo superar essa dor, quanto para quem mais se identificasse com isso — conta Guga. — Queria colocar no mundo um desenho ou uma frase que pudesse atingir outras pessoas e fazer vibrar, espalhando amor e luz. Por isso escolhi materiais e canetas com cores flúor.

felipeguga_amor_02

As frases escolhidas têm fontes e inspirações diversas. De Osho, Ghandi, Jesus e Manoel de Barros a ditados populares, às vezes adaptados. As palavras ganham ilustrações que complementam a mensagem.

— O amor sempre foi falado por algumas dessas pessoas iluminadas, mas muitos não estavam escutando quando foi dito. A frase “perdão é o detox do coração” é minha, por exemplo, e foi uma das ilustrações mais repostadas da série — diz Guga.

Nas redes sociais, Felipe Guga compartilha diversas outras séries, conforme vai realizando-as, em tempo real. O processo criativo é simples: escolher uma frase e fazer a ilustração, simplificando o traço e conservando as imperfeições gráficas.

— Quando desenvolvo alguma ilustração diferente de tudo o que já fiz ou que tem potencial para se desdobrar, entro de cabeça. Fazendo um paralelo com meu trabalho de DJ, eu diria que uma série é um set, ele ganha mais força e sentido a partir do momento em que acrescento músicas — explica Guga.

felipeguga_amor_01

A repercussão foi instantânea, e o objetivo inicial de espalhar vibrações positivas foi atingido, acredita ele.

— A parte mais surpreendente desse trabalho é ver pessoas postando as imagens sem me dar crédito. Acho elegante quando creditam, mas as pessoas se apossam da mensagem e isso significa que saiu do controle e é legal. O amor não tem dono, é uma energia, não sou dono do amor, sou dono da imagem, mas se a imagem foi repostada sem crédito está perfeito também, significa que a energia se espalhou. Minha maior frustração como designer de estampas é nunca tido uma delas pirateada na Uruguaiana. Não há fator de sucesso maior do que isso — brinca.

O plano agora é transformar as ilustrações em uma exposição ainda neste semestre, com trabalhos à venda e, eventualmente, num livro reunindo todas as imagens.

— Estou negociando para expor algumas peças, umas 30 ao menos, já são 130 no total. A ideia do livro está latente, estou produzindo diariamente e bastante para ter conteúdo e material suficiente a mostrar para algum editora, já com a coisa bem encaminhada— planeja Guga.

Tchequirau

Conhecido pelos ótimos clipes, o Jungle lançou mais um. Dirigido pela própria banda, em parceria com Oliver Hadlee Pearch, “Julia” apresenta mais uma coreografia inventiva e bela fotografia.

segunda-feira

17

novembro 2014

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Transcultura #151: Tipologia // Taylor McFerrin

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Transcultura_OGlobo_RobDraper

Texto na da semana passada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Fonte de emoção
Paixão de designers, desenhos de letras ganham bom espaço em sites e aplicativos de imagens como o Instagram
por Bruno Natal

Tipologia, o estudo da formação dos tipos gráficos é uma espécie de fetiche de designers. O desenho das letras que formam as palavras que você está lendo, por exemplo, é desenvolvido exclusivamente para O Globo por Kris Sowersby. Mundo afora, existem estúdios exclusivamente dedicados à criação de fontes. E existem também os entusiastas, artesãos e colecionadores de fontes.

O Instagram tornou-se um bom canal para esse tipo de obsessão, podendo-se encontrar contas de toda sorte: trabalhos manuais como os de Martina Flor, Jessica Hische, Victoria Alissia, Matthew Tapia e Iris Sabrina; caçadores de fontes no mundo real como Typography Inspired, The Daily Type, The Type Hunter, Andy Clymer e Copenhagen Type; grafismos como os de Dennis Cortes, Ridzamh, Reiko Hirata e Fabián De León; fontes decorativas em 3D no mundo real como as pescadas pelo The Font Hunter e também talentos brasileiros como Jackson Alves, o ateliê Lettepress e os cariocas Haroldinho e Felipe Guga.

Entre os mais destacados em termos de números de seguidores e resposta do público estão o impressionante Seb Lester, com a capacidade de executar em poucos minutos o que custa à maior parte dos seus pares horas e horas, e o inglês Rob Draper, cujo trabalho ilustra essa página.

— Sempre fui fissurado em desenhar, com uma inclinação por letras e palavras. Tinha 10 anos quando o grafite chegou ao Reino Unido, fiquei encantado e acabei me formando em artes e design. Minha inspiração vem por outros trabalhos criativos de fotógrafos, designers, um esquema de cores, uma música, a camiseta de alguém passando na rua ou até o formato do quadro de uma bicicleta — explica Rob.

Impacto na mensagem

Através do Instagram, Rob se conectou a diversos outros pares. Seu trabalho é bastante peculiar. Ao ilustrar com tipologias objetos do dia a dia, como copos descartáveis, rolos de papel higiênico e até pães, Rob dá um novo significado a essas peças:

— Fontes têm o poder de comunicar sentimentos, direção e emoções. Podem tanto ajudar alguém a encontrar seu caminho numa estação de trem quanto determinar a qualidade de um produto a partir da sua embalagem. Na maior parte dos casos, um design malfeito se destaca muito mais que algo bem-feito. Gosto muito do contraste entre produzir um trabalho intrincado e detalhado de tipologia em itens descartáveis do cotidiano. Acredito que o suporte em que uma tipografia é desenvolvida adiciona muito ao impacto geral da mensagem.

Rob enxerga um lugar de destaque para trabalhos manuais na era digital:

— Sinto que tem havido um desejo por “trabalhos artesanais” novamente, já que esse tipo de execução é mais capaz de se alinhar com a mensagem que busca retratar do que uma solução digital pré-existente.

Tchequirau

Estreia de Taylor McFerrin (filho do Bobby “don’t worry, be happy” McFerrin), “Early Riser” faz jus ao nome. Lançado pelo selo Brainfeeder, do Flying Lotus, o disco embarca o ouvinte lentamente numa viagem através do soul, r&b, hip hop, eletrônica e colagens em que Taylor gravou todos os instrumentos. Ouça também “The Antidote”.

quinta-feira

17

abril 2014

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26

fevereiro 2014

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6

janeiro 2014

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