emicida Archive

sexta-feira

23

outubro 2015

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Kendrick, Emicida e o racismo

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emicidaboaesperanca kendrickalright

Lançados bem próximos um do outro, os clipes do Emicida e do Kendrick Lamar discutem de maneiras semelhantes – cada um dentro de sua cultura – questões relacionadas ao racismo. Nenhum dos dois é mais novidade, porém é legal deixar ambos registrados, lado a lado.

Emicida, “Boa Esperança”:

Kendrick Lamar, “Alright”:

quinta-feira

16

janeiro 2014

15

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Os bons discos nacionais de 2013

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osbonsdiscosnacionais2013

Como já disse algumas vezes, não gosto muito de fazer listas muito por não acreditar em hieraquizar música, principalmente entre sons distintos. No fim acaba prevalecendo o gosto pessoal e isso não me parece exatamente um critério objetivo. Prefiro falar em bons discos.

Dito isso e falando agora especificamente da música brasileira, que ano seco, hein, Brasil? Essa lista acabou nem dando trabalho pra fazer porque foram muito poucas opções (e alguma delas foram lançadas digitalmente aqui no URBe).

E mesmo entre esses, nada de arrebatador, nenhum disco para entrar numa lista de melhores da década daqui uns anos. Se tivesse tido acesso a essa lista no início de 2013 teria tido um ano desanimado sabendo que isso é tudo que se ouviria. Podia ter tido mais, bem mais.

Ouvi pouca coisa? Ouvi os discos errados? Pode ser que sim. Sendo esse o caso, ficarei agradecido se você puder deixar suas dicas nos comentários e me ajude a mudar de ideia. Que 2014 venha mais forte!

As listas de discos internacionais, de bons shows e de destaques pessoais de 2013 já estão no ar, só clicar.

O disco nacional de 2013:

CastelloBranco_Servico

Castello Branco, “Serviço”

Esse foi um azarão e ainda não entendi como ele veio parar no topo da lista. Um disco que cresce com repetidas audições, bem produzido, gravado e tocado, talvez o grande diferencial para boa parte do que circula por aí seja a sinceridade. Quando foi lançado cheguei a comentar que o disco tinha algo que não sabia dizer o que. Continuo sem saber e continuo ouvindo.

cicero-sabado

Cícero, “Sábado”

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Tom Zé, “Tribunal de Feicibuqui”

Trio Eterno Suite Pistache

Trio Eterno, “Suíte Pistache”

Tv:Av Unprepared Loops

Tv/Av, “Unprepared Loops”

RioShock_EP

Rio Shock, “Rio “Shock EP”

square-400

Wado, “Vazio Tropical”

bemonio_santo

Bemônio, “Santo”

Mahmed Dominio Das Aguas e dos Ceus

Mahmed, “Domínio Das Águas e dos Céus”

wado_vaziotropical

Ylana, “Ylana”

GabrielMuzak_queroverdancaragora

Gabriel Muzak, “Quero Ver Dançar Agora”

Gang-do-Eletro-capa

Gang do Eletro, “Gang do Eletro”

Do Amor Piracema

Do Amor, “Piracema”

Emicida O Glorioso Retorno

Emicida, “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui”

segunda-feira

10

dezembro 2012

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Uma volta (atrasada) pelo Back2Black

Written by , Posted in Música, Resenhas

Duas semanas atrás teve o Back2Black e a resenha ficou pendurada. Dos três dias, estive em dois pra conferir Missy Elliott e Santigold, aproveitando pra ver as belas costuras africanas da banda da malinesa Fatoumata Diawara, Sany Pitbull & Gerson King Combo e Emicida.

No palco menor, numa noite Sany Pitbull recebeu Gerson King Combo, numa mistura que não flui tão bem, atrapalhada por um MC que destoava um tanto da proposta. Na outra, Emicida tocou acompanhado por uma banda, o que eleva em muitos níveis qualquer apresentação de rap.

Ainda assim, como em quase todo show de rap, com DJ ou com banda, as letras são incompreensíveis por quem já não as conhece. Junto com a péssima dicção de boa parte dos rappers (aliada a toadas exageradamente rápidas para fazer caber tantas frases – “escrever é a arte de cortar palavras”, disse o poeta Drummond), a dificuldade de se entender o que está sendo dito dificulta demais a experiência. Mesmo com boa dicção e ritmo, Emicida não escapa desse problema ao vivo.

Mesmo que apenas seu carisma mova qualquer pista, Missy Elliott animou com seus hits mas não convenceu. Acompanhada de uma enorme equipe de dançarinos, um DJ e trocando de roupa a cada duas músicas, o que Missy menos fez foi cantar. Foi uma base pré-gravada e dublagem de vocal atrás do outro, o que esfriou bastante a experiência. Impossível deixar de notar que Missy Elliott não desperta as mesmas polêmicas que Tati Quebra Barraco, ainda que a grande diferença entre elas (além das batidas do Timbaland) seja o patrocínio da Adidas da gringa. O discurso pussy power é o mesmo, inclusive na quantidade de palavrões e letras “pornográficas”.

Quem fez valer o festival foi Santigold. Escolada, Santi não é nenhuma garota e já sabe exatamente o que precisa fazer para acertar seu público. Com mais músicas conhecidas do que a memória imediatamente acusa, Santi não tem o mesmo carisma e desenvoltura de uma Missy Elliott, porém o timbre inconfundível da voz, androginia reciclada da Grace Jones, suas dançarinas robóticas.

O mais importante é mesmo a produção musical. Sempre cercada de bons produtores, Santigold tem um bom repertório de sacolejos a disposição . Com uma banda com um pé no reggae e outro no synthpop, uma mão no pós-punk e outra no new wave, Santi ofereceu algo irrecusável: groove. Sempre infalível.

terça-feira

23

outubro 2012

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quarta-feira

1

agosto 2012

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Doc lançamento: “Emicida: Disseminando Ideias e Influenciando Pessoas”

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Produtor de um documentário sobre o Emicida, feito através de um edital, Denison Carneiro concluiu o filme em 2010, pouco antes do estouro do rapper. Porém, só agora o filme está sendo lançado, aqui no URBe.

Abaixo, Denison conta mais sobre o filme:

“No final de 2009 tive conhecimento do edital audiovisual que tinha como foco os temas: cultura e transformação social.
Redigi um projeto, dando ênfase ao modo democrático que alguns artistas adotam para fazer circular sua arte.

“Escolhi um artista relacionado à música, pois acredito que esta categoria artística não depende (unicamente) de atravessadores (vide o funk, tecno brega, etc.).

“Na hora lembrei da entrevista que você fez com o Emicida, relacionando suas rimas e o seu método alternativo de distribuição.

“Numa segunda leitura do edital, descobri que não podia assinar a direção do projeto, pois era exigido um limite de idade (eu estava acima) e o envolvimento com alguma ONG audiovisual (o que não era o meu caso, apesar de ser bolsista universitário).

“Convidei um amigo de faculdade para abraçar a direção do projeto e mantive-me nos cargos de roteirista e produtor. Eu e o Lucas Gandini já ensaiávamos a ideia de montar um coletivo (antes do termo virar o pastiche que é hoje em dia) e a aprovação do edital coroou os nossos planos.

“No final das contas não fiquei satisfeito com o resultado filmado. O roteiro inicial apontava o Emicida como um exemplo bem sucedido de artista que encontrava formas alternativas e criativas para fazer circular o seu trabalho.

“O diretor optou em fazer um documentário sobre o Emicida; seguindo o molde dos talking heads, mais trechos de suas músicas…

“Feita as pazes com o diretor, o filme ficou um tempo estacionado e é chegada a hora de torná-lo público. Divulgá-lo na internet atende de certa forma ao projeto inicial de distribuição democrática de cultura e arte.

“Outra coisa que considero importante é o registro do período em que o artista ainda era uma promessa. No doc você assiste trechos em que ele e o irmão passeiam pelas ruas de São Paulo e pela Galeria do Rock sem serem abordados por fãs.

“A primeira reunião que eu e o diretor fizemos com o artista e o seu irmão foi nas escadarias da Cásper Líbero (uma faculdade no coração da Av. Paulista). Total ‘a rua é nóis!’.

“Lembro que contei para alguns amigos cariocas o projeto com o artista e ninguém o conhecia. Hoje o Emicida é uma espécie de unanimidade.

“Mesmo o doc não sendo original no formato que se pretende, volto a afirmar que ele tem o mérito de ser um documento histórico da trajetória do artista”

Confira o doc-curta na íntegra:


Disseminando Ideias e Influenciando Pessoas from coletivo filmefacil on Vimeo.