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quarta-feira

6

janeiro 2016

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Os bons discos nacionais de 2015

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É chegada a hora de fechar a tampa de 2015, começando pelos discos nacionais. Ao contrário do quem muita gente falou por aí, não me empolguei  muito com a safra não. Na realidade, minha lista de melhores do ano é quase uma coleção do discos que ouvi com mais atenção. Abaixo, a classe Brasil de 2015, como sempre em nenhuma ordem especial, afora o primeiro colocado.

Aqui estão as listas de Bons Discos Internacionais de 2015 e de Bons Shows de 2015.

O disco nacional de 2015:

GC - GE - URBe

Gal Costa, “Gal Estratosférica” 

“Não sei porque o Chico Buarque ainda lança disco. Se é pra ser essa mesma pasmaceira de sempre, melhor parar”. “Quem o Caetano acha que é? O cara tem mais de 70 anos e lança disco de rock como se tivesse 20? Ele tem que fazer o que sabe fazer bem”. Realmente a vida de medalhão não deve ser fácil, é difícil agradar a moçada. Gal, no entanto, desde o disco anterior, “Recanto”, vem conseguindo rejuvenescer sua obra sem olhar demais para o passado ou para o futuro. Juntou-se a uma turma mais nova e absorve modernidades o mesmo tanto que enxarca a molecada de experiência. Uma aula de como não se perder nos próprios caminhos.

Benjao hardcore nego URBe

Benjão, “Hardcore Nêgo” 

Cícero - a praia urbe

Cícero, “A Praia”

letuce estilhaça urbe

Letuce, “Estilhaça” 

cidadao instigado fortaleza urbe

Cidadão Instigado, “Fortaleza” 

bixiga 70 bixiga 70 2015

Bixiga 70, “Bixiga 70”

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Elza Soares, “A Mulher do Fim do Mundo” 

Boogarins manual urbe

Boogarins, “Manual” 

siba de baile solto urbe

Siba, “De Baile Solto” 

alberto continentino ao som dos planetas urbe

Alberto Continentino, “Ao Som dos Planetas”

ava rocha ava patrya yndia yracema

Ava Rocha, “Ava Patrya Yndia Yracema”

Black-Alien no principio urbe

Black Alien, “Babylon By Gus – Vol. II: No Príncipio Era o Verbo” 

bengao seletores transmutação URBe

Bnegão & Seletores de Frequência, “Transmutação”

instituto violart

Instituto, “Violar”

Emicida Sobre_Crianças,_Quadris,_Pesadelos_e_Lições_de_Casa URBe

Emicida, “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos & Lições de Casa… “

 

segunda-feira

3

fevereiro 2014

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quarta-feira

7

agosto 2013

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Transcultura #119: Trio Eterno // SL-700

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trioeterno

Texto na da semana passada da “Transcultura”, coluna que publico todas as sextas no jornal O Globo:

Integrantes do Mombojó e do Bonsucesso Samba Clube formam nova banda
Trio Eterno lança disco coalhado de convidados
por Bruno Natal

A extensa lista de participações de “Suíte Pistache”, estreia do Trio Eterno — projeto de Felipe S (Mombojó), André Édipo (Bonsucesso Samba Clube) e Missionário José — dá uma boa ideia do que se esperar em termos de sonoridade. Lá estão Dengue (Nação Zumbi), Júlio Epifany (Stella Viva), Vicente Machado, Marcelo Machado e Chiquinho (Mombojó), Domenico Lancellotti (+2, Orquestra Imperial), Alberto Continentino (+2) e Renato da Mata. Prensado apenas em formato vinil, o disco, foi gravado entre 2011 e 2012 e produzido por Arthur Joly.

— O Trio Eterno começou comigo e com o André. O Missionário entrou na banda depois do disco pronto — explica Felipe, o vocalista do grupo. — Mesmo morando em Madri, o André continua na banda, até porque nossa principal vontade é compor novas músicas, e isso podemos fazer de qualquer lugar hoje em dia. O Missionário foi o técnico de gravação das bases do primeiro álbum do Mombojó. Já toquei com o André em vários projetos diferentes, então temos um entrosamento natural. Ainda estamos nos tornando uma banda.

O projeto surgiu de um convite de Joly, dono do selo paulista Reco-Head, para gravar algo inédito nas horas vagas do estúdio. Felipe não tenta disfarçar os ecos da sonoridade do Mombojó no Trio Eterno.

— Com o tempo, juntei várias músicas que não foram usadas pelo Mombojó e que eu sentia necessidade de gravar. Este disco teve um processo criativo diferente, mesmo que o resultado fique parecido, já que tem a minha voz — explica Felipe. — Não fiz nenhuma letra sozinho, busquei parceiros para todas as músicas, e esse processo foi muito divertido. O André tem referências muito diferentes do Mombojó, e temos em comum o fato de sermos fãs do Pixies.

Projetos paralelos não são novidade para os integrantes do Mombojó. Além do Del Rey, banda de covers de Roberto Carlos da qual vários deles participam, o tecladista Chiquinho está gravando o primeiro disco do Diatron, e Felipe ainda participa do Coisinha, projeto infantil capitaneado pelo cantor China.

— Estamos gravando repertório novo com o Mombojó. Vejo nossos projetos paralelos como algo saudável, para não ficarmos muito tempo tocando do mesmo jeito e sairmos da zona de conforto — diz o vocalista.
Nem bem lançou o seu primeiro disco e o Trio Eterno já tem outro em mente.

— O foco principal do trio é exercitar o ato de criar. Já estamos fazendo um segundo disco, que se chamará “Olinda 2031” — adianta Felipe. — Ano que vem queremos estar com ele pronto.

Tchequirau

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Após anos de especulação, finalmente um protótipo de um toca-discos de 45 polegadas (aqueles pequenos, geralmente com uma música de cada lado) apareceu em ação. O rapper Biz Markie utilizou um par do Technics SL-700 quando tocou num evento em Nova York semana passada e as fotos fizeram a festa dos colecionadores de vinil.

quarta-feira

16

janeiro 2013

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segunda-feira

13

abril 2009

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Drinks e samba jazz em Copa

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Copa Jam Band recebe Kassin
fotos e vídeo: URBeTV e URBe Fotos

Samba jazz, Copacabana, um hotel glamuroso… Os bons tempos estão de volta.

Na última quarta-feira, tarde da noite no BB Lanches, o baixista Alberto Continentino contava que estava vindo do Bar do Copa, novo bar do hotel Copacabana Palace, onde está tocando duas vezes por semana com a Copa Jam Band, completa por Marco Tommaso (piano), Widor Santiago (sax) e Renato Massa (bateria).

O programa sensacional tem apenas um porém: os proibitivos R$ 120 cobrados de entrada (sem direito a nenhuma bebida). Inviável.

Apesar disso, alguns detalhes da história daquela noite contados por Alberto aguçaram a busca por uma entrada para esse universo paralelo, ao mesmo tempo tão perto e tão distante.

Toda semana a Copa Jam Band recebe convidados. Na primeira semana foi Thalma de Freitas e naquela noite havia sido Kassin, com repeteco no dia seguinte. Nas próximas semanas participam Domenico Lancelotti e Moreno Veloso. É o +2 parcelado.

Alberto contou que Kassin tinha aparecido na beca, de gel e cabelo pro lado, sapato branco, blusa de botão e calça, fazendo papel de crooner e tocando guitarra. Só a descrição da cena dava vontade de rir. Além da sonzeira prometida, a temporada dava pinta de se tornar histórica.


Ah, o Copa…

Na noite seguinte, resolvido o empecilho da entrada, tudo se repetiu. O Bar do Copa, com seus espelhos e jaulas, cumpre tudo que se espera de um bar de hotel. O público misturava amigos dos músicos, hóspedes batucando fora do tempo nas mesinhas e membros da equipe do Kiss com companhias locais (enquanto Gene Simmons jantava na pérgula, do lado de fora).

A noite é dividida em dois atos, com um intervalo de uma hora entre eles. Em ambos o quarteto inicia os trabalhos tocando standards em levada samba jazz. Passado tantos anos desde a revolução do Beco das Garrafas, hoje isso soa “tradicional”.

O repeterório cumpre o papel de oferecer o que muitos visitante buscam — e raramente encontram — quando vem ao Brasil, como um turista em Cuba procurando o som do Buena Vista Social Club ou roots reggae em Kingston.

Ainda assim, há algo no ar, como se o Copa Jam Band buscasse quebrar a sisudez relacionada a bossa nova, ao samba jazz e a toda essa linhagem musical, por vezes levada a sério demais, canonizada de uma maneira talvez não planejada pelos próprios músicos protagonistas.


Copa Jam Band + Kassin

A maneira encontrada para realizar essa quebra foi a escolha dos convidados, apostando que eles não fariam cerimônia e ajudariam a descontrair o ambiente.

Assim que foi chamado, Kassin ligou sua guitarra, incluindo alguns pedais e foi emendando a sua “Esquecido”, “Meio Desligado” (Mutantes) e uma inédita, um bolero sobre a falta de potássio.

No final, convidou Thalma de Freitas pra cantar “Tranquilo” e mais uma inédita, parceria dela com João Donato, chamada “Enquanto a gente namora”.

Comportado e comedido, Kassin terminou sua apresentação sob aplausos timídos, como pedia a situação. Por uns instantes o bar voltou ao volume normal, após a jam ter se tranformado num show.

Rapidamente um DJ entrou em ação, pra garantir que o bar não esvaziasse. Tascou “Finally” (its happening to me…), da CeCe Peniston, e a noite continuou.

O que quer que tenha ocorrido a partir dali ninguém sabe, ninguém viu. O que acontece em Copacabana, morre em Copacabana.